A nona edição do Seminário Internacional Patentes, Inovação e Desenvolvimento – IX SIPID, que aconteceu no último dia 18, terça, no Rio de Janeiro, foi palco de ricas discussões e trocas de experiência valiosas a respeito de inovação e propriedade intelectual em saúde. Cerca de 240 presentes puderam ouvir um seleto time de profissionais e especialistas, que versaram sobre diversos aspectos, desde a frutífera experiência dinamarquesa, país que se destaca em inovações e patentes no setor, passando pelos meandros da atuação do judiciário brasileiro, até questões técnicas da legislação e da análise de patentes no País, e mesmo relatos de sucesso de inovação por empresas nacionais.

O evento aconteceu na sede carioca da Federação de Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e teve a participação de representantes da indústria farmacêutica e farmoquímica brasileira, assim como importantes interlocutores do setor, como órgãos de pesquisa, licenciamento e associações corporativas. O balanço do evento você acompanha nessa cobertura exclusiva.

Já a presidente-Executiva da PróGenéricos, Telma Sales, ressaltou a necessidade de se encontrar um equilíbrio para que a proteção não se torne um obstáculo para a inovação. “Precisamos aprofundar mais a aproximação com o INPI”, defendeu. Também com preocupação sobre o ambiente institucional, o presidente-Executivo do Grupo FarmaBrasil, Reginaldo Arcuri, alertou para o risco de extinção do empresário empreendedor no País, devido às dificuldades impostas pelo Estado brasileiro às empresas.

Também presente na mesa de abertura, o presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Luiz Otavio Pimentel, ressaltou as dificuldades e os esforços da autarquia para dar conta do grande de volume de pedidos de registro que são feitos anualmente. “Nós e os nossos ministérios estamos empenhados na busca de soluções. A equipe do INPI não tem poupado esforços para analisar com qualidade os pedidos na área farmacêutica”, afirmou.

Encerrando as falas iniciais, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Henrique De Oliveira, argumentou que o setor industrial é que deve conduzir o processo de inovação, e para isso é necessário um ecossistema que colabore para que isso ocorre, e isso envolve diversos atores, como os órgãos governamentais, o banco estatal, o INPI e o próprio empresariado. Veja aqui a apresentação do presidente do BNDES, Dyogo Oliveira.

O IX SIPID é uma realização da Associação Brasileira da Indústria de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (ABIFINA), com patrocínio master do BNDES, patrocínio de Blanver, Centroflora, Cristalia, EMS, FarmaBrasil, OuroFino e Progenéricos, a apoio da Firjan e da OMPI.



Veja abaixo nossa cobertura exclusiva:

MANHÃ:

Conferência inaugural

Investimento empresarial é fundamental para Propriedade Intelectual: modelo dinamarquês e estratégias de comercialização de pesquisa acadêmica foram destaques na conferência inaugural do IX SIPID

Painel I

Propriedade Intelectual ainda engatinha em acordos comerciais: Brasil precisa participar de mais negociações e avançar sem perder de vista a defesa das políticas públicas na área da saúde

Prêmio Denis Barbosa de Propriedade Intelectual

ABIFINA realiza 3ª edição do Prêmio Denis Barbosa de Propriedade Intelectual – homenagem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)                                                                     

TARDE

Painel II

A evolução do judiciário em relação às ações de PI: juristas identificam avanços, mas apontam obstáculos a serem vencidos

Lançamento do Manual 

Manual de Acesso da ABIFINA ganha versão em inglês: Publicação poderá influenciar o debate sobre patrimônio genético e conhecimento tradicional na Organização Mundial de Propriedade Intelectual

Painel III

A Propriedade Intelectual por dois pontos de vista técnicos: das diretrizes para a área de biotecnologia no País ao exame de patentes pelo INPI

Painel IV

Inovação à brasileira: experiências nacionais revelam que inovar é possível, apesar das dificuldades