Fonte: Governo do Estado de S. Paulo
28/05/25
26/05/2025 Atualizado em 26/05/2025 às 15h02
Na última semana, entre os dias 19 e 23 de maio, equipes da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) estiveram na Regional de Araraquara onde realizaram uma série de fiscalizações em propriedades rurais visando verificar as condições dos pomares e também do uso e do armazenamento de agrotóxicos. As ações concentraram-se nos municípios de Ribeirão Bonito, Dourado, Trabiju e Boa Esperança do Sul.
Ao todo, participaram da ação, oito servidores entre engenheiros agrônomos e técnicos agropecuários, os quais dividiram-se entre 21 propriedades. No tocante ao citros, as equipes verificaram as condições de monitoramento e manejo adequado para o combate ao HLB/Greening, doença que ameaça a citricultura paulista.
“Especificamente nesta semana concentramos as ações na regional de Araraquara, forte centro citrícola do Estado. Além disso, as atividades são parte de um projeto multidisciplinar que está em andamento e que tem participação, além da Defesa, da CATI e também do Fundecitrus”, explica Danilo Romão, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual de Pragas Quarentenárias Presentes.
De acordo com Danilo, no total, foram 21 propriedades fiscalizadas e notificadas a realizarem o monitoramento e o manejo adequado do Psilídeo, inseto vetor do HLB/Greening. Ainda segundo o gerente, somadas, as 21 propriedades possuíam 7.801.307 (sete milhões, oitocentos e um mil, trezentas e sete) plantas.
Equipes verificam condições de pomares, além do monitoramento realizado pelos produtores para contenção do inseto vetor do Greening
Já em relação aos agrotóxicos, foram fiscalizadas 12 propriedades onde foram verificados o uso e o armazenamento, inclusive das embalagens vazias. Destas, nove foram notificadas para adequações das estruturas para armazenamento.
“Focamos na orientação quanto ao armazenamento destes produtos em propriedade rural, visando assegurar o cumprimento das legislações vigentes, contribuindo para a segurança no uso de agrotóxicos.”, explica Fábio José Bengozi, engenheiro agrônomo e gerente do Programa Estadual do Uso de Agrotóxicos e Afins.
Greening
O Greening é causado pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., e disseminado pelo psilídeo (Diaphorina citri). A doença acomete todas as plantas cítricas, e não tem cura: uma vez contaminada, não é possível eliminar a bactéria da planta, que fica agindo como fonte de inóculo para contaminação de outras plantas. O Greening é hoje a doença que mais ameaça a citricultura no mundo.
De acordo com a Portaria SDA/MAPA nº 317, de 21 de maio de 2021, e com a Resolução SAA nº 88, de 08 de dezembro de 2021, em todos os pomares com plantas de citros, é obrigatória a realização do controle eficiente do psilídeo, e nos pomares com até oito anos de idade, deve ser feita, pelo produtor, a eliminação de plantas sintomáticas.
Para saber mais sobre a atuação do Programa Estadual de Pragas Quarentenárias Presentes acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/www/programas/?/sanidade-vegetal/programa-estadual-de-pragas-quarentenarias-presentes-pepqp/&cod=55
Agrotóxicos
Os agrotóxicos são produtos de uso exclusivamente agrícola que devido às características toxicológicas próprias possuem regras específicas de armazenamento, tanto para grandes depósitos como para menores, como os encontrados em pequenas propriedades rurais.
O armazenamento correto desses insumos agrícolas é de grande importância, pois é uma das formas de evitar riscos aos agricultores que os manipulam rotineiramente, preservar a qualidade dos produtos e de garantir maior segurança ao meio ambiente e à saúde humana e animal.
O armazenamento de agrotóxicos é regulamentado por legislações e normas. O Decreto Federal 4.074/2002 estabelece que a fiscalização do armazenamento desses produtos é de competência dos órgãos estaduais de agricultura, saúde e meio ambiente dentro das suas respectivas áreas de atuação e que deve obedecer a Lei vigente, que pode apresentar especificidades mais restritivas nos âmbitos estadual e municipal, obedecendo ainda as instruções fornecidas pelos fabricantes, que são informadas nas bulas dos produtos comerciais.
A norma específica para armazenamento de agrotóxicos em propriedades rurais é a NBR 9843 –3, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), cujo cumprimento é verificado nas ações fiscalizatórias de uso de agrotóxicos desenvolvidas pela Defesa Agropecuária, através da verificação de itens obrigatórios.
Para obter maiores informações, acesse https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/arquivos/educacao-sanitaria/cards/link_agrotoxicos_armazenamento.pdf.
Por Felipe Nunes