Fonte: Portal H2Foz
24/07/24
São produtos químicos proibidos pela Vigilância Sanitária por graves riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Escrito Por Paulo Bogler Publicado em 18 de julho de 2024 – 11h15 Atualizado em 18 de julho de 2024 – 11h15
Durante esta semana, a Receita Federal em Foz do Iguaçu conduz o trabalho de destruição de 35 toneladas de agrotóxicos apreendidos nos últimos três meses. O material foi retido em operações realizadas no Paraná e Santa Catarina.
Entre os itens estão substâncias como Paraquat, Tiametoxan e Benzoato de Emamectina, todos proibidos no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A vedação é “devido aos graves riscos que representam para a saúde humana e ao meio ambiente”, enfatiza o órgão.
Os agroquímicos, conforme a Receita Federal, são originários principalmente do Paraguai e da Argentina, junto com lotes produzidos no Brasil sem a documentação legal. Os produtos foram armazenados no depósito da instituição em Foz do Iguaçu, sendo agora preparados para transporte até Goiânia, onde serão incinerados.
A destruição do agrotóxico ocorrerá em fornos com temperaturas que superam 1.000°C. “O processo inclui o acondicionamento em sacos plásticos, transferência para tambores metálicos lacrados e finalização com selagem das tampas utilizando lacres de aço”, explica a Receita.
A legislação estabelece punição severa a quem faz contrabando das substâncias químicas. As pessoas identificadas cometendo essas práticas podem ser condenadas pela Justiça a até nove anos de prisão, além da apreensão dos produtos e veículos empregados no ilícito.
Risco à saúde e à natureza
A Receita Federal enfatiza os perigos graves para a saúde pública e ao meio ambiente associados ao uso de agrotóxicos ilegais. “Podem resultar em intoxicações agudas e impactos ambientais adversos”, sublinha. “O Paraquat, especialmente, tem sido o defensivo agrícola mais apreendido, com a maioria dos casos registrados provenientes da Argentina. O significativo número de apreensões demonstra a necessidade urgente de abordar essa questão”, completa.
Foz do Iguaçu