Fonte: AmazoniaPress
21/05/25

A Associação Brasileira de Combate a Falsificação (ABCF) divulgou o balanço das ações realizadas e todas perdas provocadas pelo mercado ilegal, traçando prognósticos. Ao todo foram realizadas 1.587 operações das polícias Civil, Federal, Rodoviária Federal e da Receita Federal, contando com o apoio da ABCF, ou com denúncias provenientes da associação ao longo do ano passado. As falsificações, o contrabando e a pirataria geraram um prejuízo de aproximadamente R$ 471 bilhões anuais ao país em perdas de arrecadação tributária de faturamento das indústrias legalmente estabelecidas.

De acordo com o presidente da Associação, Rodolpho Ramazzini, em 2024 houve um crescimento no prejuízo relacionado ao crime organizado que age no mercado ilegal, de 27% em relação ao ano anterior. Em dólares, no ano anterior as perdas somavam US$ 66 bilhões entre todos os setores analisados. Hoje, ao verificar mais segmentos da economia, os prejuízos somam cerca de US$ 83 bilhões ao ano, ou seja, houve um aumento de 34% no prejuízo total, levando em conta que mais setores foram incluídos no anuário e também a desvalorização cambial do real frente ao dólar no período.

“Um incremento foi alcançado em número de operações, quando comparado ao mesmo período dos anos anteriores, porém, a falsificação, o contrabando e o mercado ilegal continuam crescendo exponencialmente”, afirmou o presidente.

Conforme ele, outro aspecto que elevou a busca por produtos piratas e contrabandeados foi o aumento da tributação na indústria brasileira. “Isso faz com que os produtos originais percam competitividade, o que, aliado ao mau momento da economia brasileira, gera perda de poder aquisitivo de boa parcela da população, em virtude do baque causado pela pandemia na economia mundial. E a esparsa fiscalização nos portos e fronteiras faz com que o problema seja agravado ano após ano”, finalizou ele.

Principais apreensões
De janeiro de 2024 a janeiro de 2025, o relatório aponta de maneira detalhada quais foram as principais apreensões e operações:
456 operações de apreensão de bebidas 258 operações de apreensão de autopeças 245 operações de apreensão de cigarros contrabandeados 122 operações de apreensão de roupas 101 operações de apreensão de máquinas, ferramentas e rolamentos industriais 77 operações relacionadas a fraudes 71 apreensões de defensivos agrícolas e embalagens de agrotóxicos 47 operações de apreensão de produtos de limpeza 38 operações de apreensão de bolsas 22 operações de apreensão de produtos de higiene 20 operações de apreensão de medicamentos 19 operações de apreensão de cosméticos e perfumaria 11 operações com apreensão de materiais cirúrgicos e/ou hospitalares 19 operações de apreensão de produtos ópticos 9 operações de apreensão de joias falsificadas 5 operações de apreensão de charutos contrabandeados 18 operações de apreensão de suplementos nutricionais 42 operações de apreensão de alimentos fraudados 7 operações de apreensão de itens não listados acima Recorte entre os estados

O estado de São Paulo continua sendo o principal mercado consumidor do país, e é o destino final preferido dos bandidos. Em segundo lugar permanece o Paraná, seguido pelo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás e Pará. A Receita Federal declarou que tem investido nas estruturas de controle e que todos os dias, apreende mercadorias nas fronteiras terrestres, portos e aeroportos e que, só em 2024, recolheu mais de R$ 3,7 bilhões em produtos ilegais.

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