Fonte: Gazeta Rio Preto
17/12/25
Por
Da Redação
Uma megaoperação voltada ao combate de crimes envolvendo agrotóxicos adulterados no Estado de São Paulo foi deflagrada na última quarta-feira (10/12). Batizada de Operação Pesticida, a força-tarefa reuniu equipes do 4º Batalhão de Polícia Ambiental, que abrange Rio Preto e região, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público, além do 11º BAEP, 15º BPM/I e apoio operacional da Polícia Militar de Minas Gerais.
A ação teve como alvo uma organização criminosa que, segundo as investigações, atuava na falsificação, furto, roubo e receptação de defensivos agrícolas, além de lavagem de dinheiro. O objetivo central foi interromper a cadeia de produção e distribuição desses produtos irregulares, que representam risco ao meio ambiente, ao produtor rural e à segurança alimentar.
Ao todo, foram cumpridos 25 mandados de prisão e 55 de busca e apreensão em diferentes cidades. A operação empregou equipes especializadas como o GEPAAR (Grupo Especial de Policiamento Ambiental em Áreas de Risco), além de unidades de apoio tático e territorial.
Laboratórios Clandestinos
Entre os principais resultados, as equipes localizaram cinco laboratórios clandestinos, dois deles de grande porte, onde eram feitos envase, adulteração e falsificação de agrotóxicos. Um dos pontos funcionava na divisa entre Franca, no interior de SP, e Claraval, em Minas Gerais, exigindo atuação conjunta com a Polícia Militar mineira para cumprimento das ordens judiciais.
A ofensiva também resultou na prisão de 22 pessoas e na apreensão de quatro armas de fogo. Nos locais vistoriados, foram recolhidas embalagens, rótulos, produtos químicos e outros insumos usados no esquema, indicando a complexidade e a estruturação da atividade criminosa.
Segundo a Polícia Ambiental, o trabalho conjunto reforça o compromisso de proteger o meio ambiente e garantir segurança ao setor agrícola, reduzindo riscos de contaminação do solo e da água, além de prejuízos ao produtor.