Fonte: G1
28/06/23

Pintor é preso por tráfico de drogas e falsificação de agrotóxicos

Um pintor de 47 anos foi preso em flagrante em Franca (SP) suspeito de crimes de tráfico de drogas e falsificação de agrotóxicos. Ele foi encontrado na casa dele, no bairro Leporace, na tarde desta terça-feira (27).

Os policiais chegaram à residência por meio de denúncias anônimas que diziam que dentro do imóvel estaria ocorrendo tráfico de drogas. A suspeita era que o pintor estivesse fabricando lança-perfumes.

No entanto, no local os policiais encontraram uma porção de maconha e matéria prima, rótulos, embalagens e caixas, que eram utilizados no processo de adulteração e fabricação de agrotóxicos.

“É tudo uma questão de crime contra a saúde pública. Certamente, alguém próximo deve ter sido o autor de uma das denúncias porque não estava suportando o cheiro e o perigo”, diz o delegado Alan Bazalha Lopes, responsável pelo caso.

Produção artesanal

Além de responder por tráfico de drogas, o pintor também deve ser autuado administrativamente por crime contra o meio ambiente pela fabricação dos defensivos agrícolas. Segundo a Polícia Civil, a Vigilância Sanitária foi acionada.

Os produtos eram armazenados no fundo da casa onde o pintor morava com a namorada e uma criança. O processo de fabricação era artesanal. Em meio aos latões e galões havia roupas estendidas.

“A própria questão dos agrotóxicos tem uma regulamentação que está sendo discutida uma lei mais atualizada, porque grande parte deles são cancerígenos se forem mal manuseados. Imagina, então, um falsificado, sem nenhum controle. É um risco para a saúde pública muito grande”, diz o delegado.

Cadeia de falsificação

O suspeito foi conduzido para a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) de Franca. Segundo o delegado, ele informou que agia sozinho e teria comprado o kit para fabricar os produtos em fevereiro, mas não tinha conseguido vender os defensivos adulterados.

A Polícia, no entanto, desconfia dessa versão e apurou que até mesmo os produtos de armazenamento eram falsos.

“Funcionários de uma empresa fabricante já confirmaram que, inclusive, os vasilhames são falsificados. Então, é toda uma cadeia criminosa que se tem aí. Certamente, ele estava produzindo para alguém acima dele”, afirma o delegado.

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