Fonte: Clube Fm
23/10/24

Investigações se intensificaram após morte de homem em estacionamento de hotel de Ribeirão Preto em março de 2022

A Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) Núcleo Campinas deflagraram, nesta quinta-feira (17), a Operação Ladinos, com o objetivo de encerrar as atividades de uma organização criminosa voltada para roubos de carga, tráfico de drogas, crimes violentos e lavagem de dinheiro, com atuação em diversos estados do País, especialmente no eixo Sudeste-Nordeste.

De acordo com a PF, a investigação foi iniciada em 2022 e um dos estopins teria sido o homicídio de Tiago Pereira Fernandes, a mando de um dos líderes dessa organização criminosa. Tiago foi executado a tiros na frente da esposa e da filha de 9 anos, no estacionamento de um hotel localizado na Nova Ribeirânia, zona Leste de Ribeirão Preto.

A suspeita é que o crime teria ocorrido porque a vítima queria deixar o crime, o que descontentou o chefe da organização, que determinou sua morte. O crime foi cometido no dia 11 de março de 2022.

A partir daí, surgiram informações de que o líder da organização, atuante em roubo de cargas na região de Campinas e em diversos estados, estaria sendo investigado por crimes violentos no Nordeste (no âmbito da Operação Valquíria, de 2013, da Polícia Civil de Sergipe, além do homicídio em Ribeirão Preto.

Ele morava em um condomínio de luxo em Campinas e o foco do roubo de cargas de sua quadrilha eram defensivos agrícolas, que o grupo vendia no estado de Minas Gerais. Por meio de empresas de fachada, identidades falsas, laranjas e movimentações financeiras fracionadas, a organização criminosa movimentou centenas de milhões de reais para ocultar seus ganhos com os mais diversos crimes.

O objetivo da Operação Ladinos foi cumprir 19 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em 16 cidades, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A Justiça também determinou o sequestro de bens e valores ligados ao grupo, que somam R$ 382 milhões.

Logo no início da operação, agentes da PF e do GAECO apreenderam cartões bancários, dinheiro em espécie, armas, munições, oito carros, celulares relógios e correntes de ouro. O material confiscado foi levado para a sede da Polícia Federal em Campinas.

Segundo a PF, “após diligências e investigações superando inúmeras identidades falsas e trocas de endereços, foi identificado e localizado o líder dessa organização criminosa, contra o qual havia um mandado de prisão preventiva, expedido pelo Juízo da 3ª Vara do Foro de Presidente Venceslau/SP, por prática do crime de roubo de carga de defensivos agrícolas, resultando na sua prisão, em Campinas, pela Polícia Federal no dia 24/6/2022.”

Os alvos da investigação já respondem a vários processos criminais por diversos crimes. Em comum, todos vão responder por integrarem organização criminosa e ocultação de capitais. Somadas, as penas destas infrações podem chegar a 28 anos de prisão. Não há informação do número de presos na operação. As investigações prosseguem.

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