Fonte: Campo Grande News
28/06/23

A Polícia Federal descobriu hoje (21) uma fábrica ilegal de armas e munições durante buscas contra integrantes de organização criminosa com atuação no contrabando de agrotóxico na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Na casa de um dos investigados, foram encontradas armas sendo montadas e outras já prontas (veja o vídeo acima).

A Operação Agropoison cumpre sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária em Palotina e Toledo, no Paraná, e em Porto Alegre (RS). As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal em Dourados. vinte e um agentes federais foram mobilizados.

Conforme a PF, a organização é responsável pela aquisição e logística de transporte de agrotóxicos contrabandeados do Paraguai e utilizados de forma ilegal em lavouras brasileiras.

A investigação começou após apreensão de contrabando de agrotóxicos em 3 de julho de 2021 em Mato Grosso do Sul. O flagrante foi feito na Delegacia da Polícia Federal em Dourados. Outras duas apreensões de cargas da mesma quadrilha foram feitas em seguida, um em Dourados e outro em Sinop (MT).

Em nota, a PF informou que a organização criminosa é bastante estruturada, utiliza “laranjas” e pessoas jurídicas criadas exclusivamente para o crime, além de cooptar pessoas para o transporte e ocultação de cargas lícitas.

Estimativa da Polícia Federal aponta movimentação superior a R$ 2 milhões somente durante o período em que a quadrilha era investigada. Além dos mandados de busca e de prisão contra os líderes da organização, a Justiça Federal determinou bloqueio patrimonial de todos os bens imóveis, veículos e contas bancárias dos investigados e de pessoas jurídicas identificadas no esquema.

Armas – Durante as buscas em Palotina, um dos alvos de mandado de prisão temporária foi autuado em flagrante por fabricação e alteração de armas de fogo e munições. Em um dos endereços do investigado, os policiais encontraram estrutura usada para fabricar o armamento. Armas prontas, outras sendo montada e grande quantidade de munições foram apreendidas.

Os investigados respondem por organização criminosa e contrabando, com penas somadas que podem chegar a 13 anos de reclusão. O nome da operação faz alusão a um dos agrotóxicos contrabandeados do Paraguai, que não possui certificação legal e não pode ser utilizado no Brasil por oferecer risco a saúde e plantações.

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