Fonte: Agência Tocantins
07/05/25
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação / Agência Tocantins
30/04/2025 às 14h52
A Polícia Civil do Tocantins deflagrou, na manhã desta quarta-feira, 30, a Operação Evolution, com o objetivo de cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra membros de uma organização criminosa especializada em roubos de defensivos agrícolas, com atuação em Porto Nacional e região. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Porto Nacional, Monte do Carmo, Silvanópolis e Palmas.
Ao todo, foram executados cinco mandados de busca e apreensão em residências, resultando em uma prisão em flagrante, duas prisões preventivas e uma prisão domiciliar. Além disso, foi apreendido um revólver calibre .38, juntamente com munições.
Entre os alvos da operação estão um indivíduo de 27 anos, conhecido como “TH”, e outro de 41 anos, apelidado de “Banguela”, ambos já recolhidos na Unidade Penal de Porto Nacional por envolvimento em crimes anteriores. Outro investigado, de 29 anos, conhecido como “Gui”, encontra-se em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. Já um quarto autor, de 27 anos, conhecido como “Barone”, foi preso em flagrante em Monte do Carmo por posse ilegal de arma de fogo.
As investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro) e, para a operação, contou-se com o apoio de policiais civis da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), da 7ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Porto Nacional), da 1ª Delegacia de Palmas e da 70ª Delegacia de Porto Nacional.
Trabalho investigativo
O delegado-chefe da Deleagro, Gustavo Henrique da Silva Andrade, explicou que as investigações começaram após um roubo de defensivos agrícolas ocorrido no dia 28 de dezembro do ano passado, em uma fazenda no município de Silvanópolis. A carga foi recuperada na madrugada do dia seguinte, 29, durante uma ação conjunta das Polícias Civil e Militar. O indivíduo conhecido como “TH” chegou a ser preso durante a ação, foi solto dias depois e voltou a ser detido no dia 11 de março deste ano, por participação em um sequestro ocorrido na cidade de Ipueiras.
“No decorrer da investigação, após análise de dispositivos eletrônicos, foi possível identificar o grupo criminoso responsável pela ação. Detectamos os núcleos responsáveis pela escolta da carga, pela articulação e planejamento do crime, além do suporte logístico, como o transbordo e o armazenamento dos produtos roubados. Constatamos que os autores planejaram o roubo com pelo menos 22 dias de antecedência, realizando levantamentos no local e escolhendo a melhor data para a execução do crime, avaliando os riscos relacionados à rotina da fazenda e à presença de policiamento na região”, detalha o delegado.
A autoridade policial acrescenta que o grupo é bem estruturado, possuindo números de telefone específicos para comunicações regulares e outros utilizados exclusivamente para a prática de crimes, os quais eram denominados por eles como “fazer TRAMPO”.
“A divisão de tarefas dentro da organização criminosa fica clara nas conversas entre os envolvidos. Em uma das trocas de mensagens, o indivíduo apelidado de ‘TH’ envia um vídeo dos produtos roubados, ainda dentro do caminhão, para outro envolvido, conhecido como ‘Banguela’. Em seguida, ele entra em contato com o interlocutor chamado ‘Gui’ para combinar o local onde os produtos seriam levados. Além disso, os criminosos monitoravam a movimentação policial e trocavam alertas sobre a presença de viaturas na região”, completou o delegado.
Gustavo Henrique também reforçou o compromisso da Deleagro em garantir a segurança no campo. “Essa operação foi de grande importância, pois conseguimos desarticular uma organização criminosa que vinha atuando em Porto Nacional, Monte do Carmo, Silvanópolis e Ipueiras. Reafirmamos o empenho da Polícia Civil em assegurar a tranquilidade ao produtor rural e em seguir com as investigações até que toda a cadeia criminosa, incluindo os receptadores, seja completamente desarticulada”, finalizou.
O nome da operação faz alusão à marca do produto roubado pela organização no dia 28 de dezembro do ano passado.