Fonte: Patos Notícias
23/10/24
Em Patos, o alvo foi um galpão que esteve alugado para uma empresa, suspeita de integrar o esquema, em 2022.
Lélis Félix
17/10/2024 – 08:27 (atualizado 17/10 – 13:57)
Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Federal, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de São Paulo, deflagrou a Operação Ladinos, que visa desmantelar uma organização criminosa envolvida em roubos de carga, tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro. A operação ocorre em seis estados, incluindo Minas Gerais, onde as cidades de Patos de Minas e Carmo do Paranaíba foram alvos de mandados de prisão e busca e apreensão.
Em Patos de Minas, um galpão no bairro Cidade Nova foi alvo de mandado de busca. O local teria sido alugado pela empresa, suspeita de envolvimento, em 2022. Atualmente o galpão é alugado por uma multinacional. Nada de ilícito foi encontrado.
A operação também foi desencadeada em Carmo do Paranaíba, onde mandados de prisão e de busca foram cumpridos em residências e em duas empresas. Defensivos agrícolas com procedência duvidosa foram apreendidos.
A Operação Ladinos, iniciada em 2022, revelou dois núcleos de atuação da quadrilha: um voltado a crimes violentos, como roubos de carga e homicídios, e outro focado no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A organização atuava em diversos estados, utilizando empresas de fachada e identidades falsas para ocultar seus lucros.
Com o cumprimento de 19 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão, a ação já resultou no sequestro de bens avaliados em R$ 382 milhões. Além de Minas Gerais, a operação ocorreu em São Paulo, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. As investigações apontam que parte significativa dos lucros ilícitos da quadrilha era reciclada em negócios no setor agropecuário em Minas Gerais, reforçando a importância das operações realizadas no estado.
OPERAÇÃO LADINOS
Segundo o dicionário a palavra “Ladino”, refere-se a uma pessoa que age com astúcia e manha. A operação foi batizada com esse nome devido a capacidade dos investigados no desenvolvimento de um complexo sistema de diluição e ocultação dos proventos do crime.
O líder, investigado por crimes violentos e homicídio, foi preso em junho de 2022 em Campinas, após investigações que descobriram o uso de identidades falsas e a posse de uma arma ilegal.
A organização é alvo de múltiplos processos, com penas que podem chegar a 28 anos de prisão. A Operação Ladinos faz parte de um esforço maior, que resultou em mais de 200 prisões e várias outras operações desde 2021.