Fonte: Farmnews
17/09/25
Aliás, temos destacado a instabilidade dos preços dos grãos em 2025 e a alta no preço dos insumos, como no caso dos fertilizantes e os consequentes recordes de inadimplência no campo. Fenômeno que alcançou patamares inéditos nos últimos anos.
Nesse contexto desafiador para o produtor, vale alertar para o mercado ilegal de defensivos agrícolas que vem crescendo no País.
Dados da Sindveg mostram que o mercado ilegal de defensivos alcança valores próximos de R$20,0 bilhões anuais ou cerca de 20,0% do mercado no Brasil.
Esse mercado tem ganhado importância e inclusive já foi destaque no Farmnews anteriormente (clique aqui), pois o que pode parecer um benefício econômico visando o aumento de margem, a compra mais barata de um insumo ilegal, pode se transformar em prejuízos diretos e indiretos importantes. E o pior: muitos desses efeitos negativos do mercado ilegal de defensivos não são de conhecimento do produtor, que também acaba sendo vítima
Isso porque um defensivo ilegal é uma caixa-preta. Você acredita estar aplicando um princípio ativo, mas na realidade pode estar contaminando a lavoura com ingredientes desconhecidos e tóxicos, de baixa qualidade e não testados. Além de não funcionar, falhando no controle da praga, o produto ilegal esteriliza o solo e polui os mananciais de água.
É importante destacar também que o uso de produtos com dosagens inadequadas ou moléculas fracas é um dos principais fatores para o desenvolvimento de pragas e ervas daninhas resistentes. Você pode estar criando um “superinimigo” no seu próprio campo, tornando o controle futuro mais difícil e caro.
Mas é importante lembrar também que o prejuízo vai muito além da porteira. A compra, posse e uso de defensivos ilegais é crime ambiental (Lei 9.605/98) e crime contra a saúde pública (Lei 7.802/89).
O fato é que o produtor precisa de cuidado e de uma maior conscientização especialmente em momentos em que o cenário econômico o torne mais vulnerável ao mercado ilegal de defensivos.
A única saída inteligente e segura é o caminho da legalidade.
Compre Sempre com Receituário Agronômico: O receituário, emitido por um Engenheiro Agrônomo, é a sua receita médica para a lavoura. Ele garante o produto correto, na dose certa e para o problema certo. Exija a Nota Fiscal: A nota fiscal é o seu seguro. Sem ela, você não tem como comprovar a origem legal do produto perante a fiscalização. Conheça a Origem: Compre apenas em revendas idôneas e registradas. Desconfie de preços absurdamente abaixo do mercado – ninguém vende mais barato sem cortar custos (e qualidade) de forma ilegal. Observe a Embalagem: Fique atento a detalhes como logo borrado, texto com erros de português, falta de numeração lote e data de validade.
E mudando de assunto, a importação de fertilizantes pelo Brasil renovou a máxima histórica mensal em agosto de 2025, superando o patamar de US$5,0 milhões de toneladas em compras! Clique aqui e confira os dados!