Fonte: GauchaZH
31/01/24
Delegacia da PRF em Sarandi é a maior em abrangência no Estado, com 70 municípios e 840 quilômetros de rodovias federais
27/01/2024 – 05h00min
A Delegacia Polícia Rodoviária Federal de Sarandi, no norte do RS, é a maior do RS em abrangência e também em apreensões: nos últimos dois anos, a sede que monitora mais de 70 cidades e 840 quilômetros de rodovias federal apreendeu mais da metade (50,5%) do cigarro contrabandeado e 38% das drogas flagradas no RS.
De 1º de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2023, foram mais de 3,3 milhões de maços apreendidos nas sete rodovias federais fiscalizadas pelas equipes. Na comparação, os demais 12 núcleos da PRF no território gaúcho apreenderam, juntos, 6,7 milhões de maços no mesmo período.
Ao todo, a delegacia da PRF de Sarandi recolheu 18 toneladas de drogas, 38% das mais de 48,9 toneladas de entorpecentes confiscadas nas rodovias federais no RS. Além disso, a unidade flagrou o transporte de mais de 38 toneladas de agrotóxicos e quase 13 mil litros de bebidas alcoólicas. Veja o comparativo:
Rota estratégica
Apesar do tamanho e quantidade de municípios, a PRF de Sarandi fica na principal rota das pessoas que viajam à Argentina para buscar mercadorias e, dependendo do caso, fazer contrabando. Por isso, o trabalho de inteligência é essencial para as apreensões dos últimos 24 meses.
— O crime é bastante dinâmico e também vai mudando. Eles mudam o modus operandi, a forma de trabalhar. Por exemplo, em 2022 tivemos uma grande apreensão de agrotóxicos e, em 2023, eles alteraram o transporte usando veículos menores — explicou Rodrigo Calegari, chefe da unidade operacional de Passo Fundo, que é parte da delegacia de Sarandi.
Contrabando é crime e, além disso, quem adquire produtos sem comprovação de origem pode estar em perigo. Bebidas e cigarros que não passam por testes de qualidade e têm origem desconhecida podem ter substâncias desconhecidas, que, por vezes, são tóxicas.
Esses problemas também podem ocorrer no caso dos agrotóxicos. Sem origem comprovada, alguns produtos que deveriam ser usados para combater pragas e auxiliar as lavouras podem não proteger ou ainda causar doenças, como é o caso do herbicida Paraquat, relacionado às doenças de Parkinson e Alzheimer.