Fonte: Pop Mundi
17/12/25
Batizada de Operação Pesticida, a ação tem como alvo uma organização criminosa suspeita de falsificar, adulterar e comercializar agrotóxicos de forma ilegal em São Paulo e Minas Gerais
Por Caroline Magno
10/12/2025 às 09h32
Segundo o Ministério Público, as investigações apontam que o grupo atuava de forma altamente organizada—Foto: Reprodução / CONSEG Cristais Pta
Uma grande ofensiva contra o crime organizado foi desencadeada nesta quarta-feira, 10, pelo Ministério Público de São Paulo, por meio do Gaeco, em parceria com a Polícia Militar Ambiental. Batizada de Operação Pesticida, a ação tem como alvo uma organização criminosa suspeita de falsificar, adulterar e comercializar agrotóxicos de forma ilegal em São Paulo e Minas Gerais.
A operação contou com o apoio do Baep, do 15º BPM/I e da Polícia Militar de Minas Gerais. Ao todo, mais de 250 policiais militares, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público participaram da mobilização, que resultou no cumprimento de 25 mandados de prisão temporária e 90 mandados de busca e apreensão em dez cidades dos dois estados. Mais de 65 viaturas foram empregadas na ação simultânea.
Segundo o Ministério Público, as investigações apontam que o grupo atuava de forma altamente organizada, com divisão clara de funções. Havia núcleos específicos responsáveis pela falsificação dos produtos, pela produção gráfica das embalagens e pela movimentação financeira, incluindo a ocultação dos valores obtidos com as vendas ilegais.
Durante a operação, uma gráfica clandestina foi descoberta na cidade de Cristais Paulista, região de Franca. O local era usado para imprimir rótulos falsificados de agrotóxicos, com o objetivo de dar aparência de legalidade a produtos adulterados. No imóvel, policiais encontraram impressoras industriais, máquinas, matrizes de rótulos e grande quantidade de material gráfico pronto para uso. O responsável pela gráfica foi identificado e encaminhado para as providências legais, e todo o material apreendido passará por perícia.
As apurações já vinham avançando desde julho, quando ações relacionadas ao mesmo esquema resultaram na apreensão de cerca de 30 mil galões, além de tampas, moldes e outros insumos utilizados na produção clandestina.
De acordo com o Ministério Público, os produtos adulterados representam riscos graves à saúde pública, ao meio ambiente e aos produtores rurais, além de causar prejuízos ao agronegócio.