Fonte: Broadcast
20/03/24
São Paulo, 11/03/2024 – O faturamento da indústria de saúde animal no Brasil deve crescer cerca de 3% em 2023, de R$ 10,5 bilhões para R$ 11 bilhões, antecipou ao Broadcast Agro o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan). A entidade destaca, porém, que são números preliminares, já que algumas empresas associadas ao sindicato e de capital aberto “só poderão reportar seus resultados após o fechamento do primeiro trimestre de 2024”, cita, em nota. Os dados definitivos devem ser divulgados pelo Sindan em maio.
Segundo o sindicato, o tímido crescimento no ano passado pode ser atribuído ao desempenho dos ruminantes, categoria animal que representa mais da metade do mercado de produtos veterinários no País. O setor, diz o Sindan, “passou por grande instabilidade no ano passado”, como a alta dos custos de insumos para a pecuária aliada à queda brusca no preço da arroba do boi gordo e do litro de leite pago ao produtor. “Tal situação levou a uma alta de 10% nos abates de vacas e a um desestímulo ao segmento leiteiro no último ano”, cita o Sindan.
Outro ponto que pesou foi a retirada da vacinação contra febre aftosa em vários Estados. “A perda de receita com o produto já era prevista pelo Sindan e pelas indústrias fabricantes”, avalia o sindicato. “O que não se esperava, porém, era que a suspensão da vacinação traria um impacto negativo sobre outros tratamentos realizados geralmente em conjunto com a aftosa, o que vem acontecendo em diversas regiões do País.”
De toda forma, o presidente do Sindan, Emílio Salani, diz que a alta prevista de 3% no faturamento do setor é “normal, diante do cenário macroeconômico do Brasil”. “Trata-se de um momento de reacomodação do mercado, após anos de crescimento muito acima da média”, avalia.
Enquanto o segmento de ruminantes patinou em 2023, os de aves e suínos garantiram o crescimento, diz o dirigente, e em menor escala, os animais de companhia.