Fonte: O Popular
31/01/24

A Polícia Civil investiga golpistas que se passam por fazendeiros e aplicam golpes em empresas de Goiás. Segundo a Polícia Civil, os alvos são principalmente empresas do ramo de sementes e insumos agrícolas, mas os suspeitos aplicam golpes em qualquer empresa que vende mercadorias em atacado. O prejuízo causado é de mais de R$ 1,5 milhão.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Caio Martines, os criminosos entraram em contato com comerciantes em Goiânia, Catalão, Rio Verde e Goiatuba, se passaram por clientes que tinham os dados cadastrados nessas lojas e fizeram encomendas de várias cargas. Em seguida, pagaram freteiros para retirar os produtos dos locais e levaram para Candeias, em Minas Gerais.

Os golpistas entravam em contato com as empresas e faziam elas emitirem nota em nome das pessoas que de fato são clientes. Depois, entravam em contato com freteiros particulares, sem que eles soubessem do crime, orientavam eles a irem até o local para retirar carga e após um freteiro tirar a carga da empresa, essa carga passava por vários outros freteiros até chegar ao destino”, explica o delegado.

Durante a investigação, a polícia conseguiu chegar até os golpistas e encontrou os locais onde as mercadorias eram armazenadas. Porém, os suspeitos conseguiram fugir, mas uma carga avaliada em R$ 50 mil foi apreendida.

Agora, a polícia trabalha para identificar e prender as pessoas envolvidas no crime. Os suspeitos podem responder por estelionato eletrônico e associação criminosa. A pena é de até 11 anos de prisão.

Golpe da gincana

O delegado explicou que o golpe ocorre após os criminosos terem acesso às informações das empresas através de vazamento de dados.

Eles possuem a relação de clientes, ligam para as empresas, se passam por esse clientes, fornecem o CNPJ, encomendam os produtos e solicitam nota fiscal. Como os clientes estão acostumados a negociar com as lojas, as empresas não desconfiam de um golpe”, afirma Caio.

Cuidados
Pra não cair no golpe, o delegado ressalta que as empresas devem ficar atentas aos números de telefones usados pelos golpistas para contatar a empresa.

A empresa tem um banco de dados que consta o número de telefone daquele cliente. Então, se o criminoso estiver se passando pelo cliente com um número diferente, é importante que a empresa se atente e faça contato com o número que está cadastrado no sistema para averiguar se aquela compra é verídica”, explica Caio.

Freteiros
Em relação aos freteiros, o delegado explica que eles não devem levar uma mercadoria para um endereço diferente do que está na nota porque mesmo sem a intenção, eles podem contribuir para que um criminoso consiga a mercadoria sem pagar por ela.

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