Fonte: Rede Peperi
10/05/23

Para o professor Nelson Rintzel, do Cedup Campo Erê, são produtos perigosos que podem provocar sérios riscos. A questão é que quem estava acostumado a utilizar esses agrotóxicos na sua propriedade se acostumou a eles e agora se arrisca comprando por contrabando.

O contraventor adquire os produtos na Argentina pagando pouco e depois revende no Brasil conseguindo excelente lucro. O professor observa que o maior volume de agrotóxico que vem de fora é o Paraquat e praticamente o mundo inteiro proibiu o uso desse produto. Segundo ele, os países mais desenvolvidos tinham abolido essa marca há muitos anos.

Ele acredita que a Argentina deve ter grandes estoques dos agrotóxicos proibidos na maioria dos países por isso mantém a comercialização. Nelson explica seu raciocínio: um produto que já tinha o registro e foi tirado de linha é porque realmente não presta, porque quando isso acontece é consequência de muitos estudos públicos.

Pesquisas de indústria não valem para o professor porque atendem somente aos interesses comerciais. Os resíduos ficam no solo, na água, no ar e por fim nos produtos que se colhe, mesmo com respeito ao período de carência.

O problema é que um agrotóxico proibido não mata só a erva daninha, mas vai interferindo em toda cadeia produtiva. O professor salienta que existe comprovação científica de que alguns defensivos agrícolas são desnecessários. Acrescenta que os agrotóxicos permitidos por lei podem ser utilizados, mas em pequenas quantidades.

Fundamental, defende ele, é que as pessoas tenham cada vez mais conhecimento. Acrescenta ainda que é preciso que o agricultor faça o manejo integrado, que é evitar o aparecimento de doenças e pragas, e de forma pontual, usar o agrotóxico certo.

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