Fonte: Portal da Cidade Paranavaí
10/09/25
Mandados foram cumpridos nesta terça-feira (9) em oito cidades do Paraná, incluindo Nova Esperança, que está entre os principais alvos da investigação.
Publicado em 09/09/2025 às 14:50
A Operação Webcida foi desencadeada em 2018 e já resultou na apreensão de dados sobre a venda ilícita de agrotóxicos online em grandes plataformas digitais.
O Ministério Público do Paraná (MPPR) deflagrou na manhã desta terça-feira (9) uma nova fase da Operação Webcida, que tem como objetivo combater a comercialização ilegal de agrotóxicos pela internet. Entre as oito cidades paranaenses alvo da ação, está Nova Esperança, que figura entre os principais focos das diligências da operação nesta etapa.
A ação foi coordenada pelo núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar).
De acordo com o MPPR, dez pessoas físicas são investigadas por crimes como produção, transporte, armazenamento, importação, uso ou venda de agrotóxicos não autorizados (com base na Lei Federal 14.785/2023) e propaganda enganosa ao consumidor (art. 7º, inciso VII, da Lei 8.137/1990). Entre os indícios, estão a propaganda indevida em plataformas digitais, venda a pessoas não habilitadas, ausência de registro da plataforma junto ao Ministério da Agricultura, falta de licença ambiental e a comercialização sem receituário agronômico.
Em Nova Esperança, foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. As ordens permitiram a coleta de celulares, notebooks, documentos, mídias digitais e também agrotóxicos e suas embalagens, com o objetivo de reunir provas, rastrear redes de distribuição e localizar depósitos clandestinos dos produtos.
A operação foi autorizada pela Central de Garantias Especializada de Curitiba, com base em fortes indícios de práticas criminosas e na urgência para evitar a destruição de provas ou a continuidade das irregularidades. O MPPR reforça que a venda e o uso indevido de agrotóxicos representam sérios riscos à saúde pública, ao meio ambiente e ao consumidor final.
Desde seu início em 2018, a Operação Webcida já reuniu provas importantes sobre a comercialização ilegal de defensivos agrícolas por meio de grandes plataformas digitais, incluindo marketplaces amplamente utilizados.
As investigações seguem em sigilo, e novas fases da operação não estão descartadas.
Fonte: Portal da Cidade Paranavaí