Fonte: Folha de Curitiba
24/09/25

Redação 19/09/2025 09:05

O crime organizado intensificou sua atuação no mercado de agrotóxicos, representando uma séria ameaça para o agronegócio brasileiro. Investigações apontam para o envolvimento de facções criminosas, como o PCC, em extensas redes de contrabando, falsificação e venda ilegal de defensivos agrícolas.

Os esquemas criminosos são complexos, envolvendo núcleos especializados na produção de rótulos e galões falsificados, emissão de notas fiscais fraudulentas e a importação clandestina de produtos, principalmente de países vizinhos e da China.

A utilização de agrotóxicos de origem ilícita expõe o produtor a riscos que vão além do prejuízo financeiro. A eficácia da lavoura é comprometida, a saúde dos aplicadores é colocada em perigo e a segurança alimentar é ameaçada. Além disso, há a contaminação do solo e da água, e o risco de escândalos de reputação que afetam todo o setor.

As consequências para o produtor que adquire esses insumos podem ser severas, incluindo multas, apreensões, perda de certificações e processos criminais. A participação na compra de produtos de procedência duvidosa pode configurar o agricultor como cúmplice de atividade criminosa, manchando a imagem de toda a categoria.

Para proteger sua reputação, o agronegócio brasileiro precisa combater essas práticas ilegais. Produtores devem verificar a origem dos produtos, exigir notas fiscais, conferir embalagens e selos de autenticidade, e adquirir insumos apenas de canais oficiais. O setor, reconhecido internacionalmente por sua produtividade e tecnologia, não pode permitir que sua credibilidade seja comprometida por atalhos criminosos.

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