O Ministério da Saúde se reuniu, nesta segunda-feira (14/10), em Brasília, com representantes de laboratórios públicos nacionais com objetivo de traçar estratégias para produção nacional da vacina pentavalente. Atualmente, o Brasil não produz a vacina e compra de laboratórios internacionais. O objetivo é buscar uma medida sustentável para garantir o abastecimento da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) e manter a população protegida contra doenças.
Regularização dos estoques de vacina pentavalente
Durante a reunião, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, ouviu técnicos dos laboratórios públicos Butantan, Bio-Manguinhos, Tecpar e Fiocruz e propôs ideias diante do problema da escassez de fornecedores internacionais para aquisição de vacina. De acordo com Wanderson de Oliveira, é preciso automatizar a cadeia produtiva brasileira de soros e vacinas para que haja autonomia, sustentabilidade e construir uma política de planejamento, expansão e monitoramento. “Um parque produtor forte representa um país forte. É necessário buscar medidas sustentáveis para garantir a oferta de vacinas no SUS e proteger a população contra doenças que podem ser evitadas com efetiva imunização”, destacou.
A pasta trabalha na regularização da distribuição da vacina pentavalente que previne contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B. Neste mês, foi possível antecipar o cronograma de distribuição do imunobiológico. De um total de 800 mil doses previstas para regularizar a distribuição nacional, a pasta já enviou metade, ou seja, 440 mil, no início de outubro e a outra metade está prevista para ser enviada no final do mês. A expectativa é que a partir de novembro, o Ministério da Saúde consiga regularizar a distribuição aos estados.
O sistema de vigilância em saúde monitora continuamente os estoques de vacinas, investiga o quantitativo distribuído aos estados e planeja, neste momento, o reabastecimento dos estoques de rotina, extra-rotina e emergência.
Vale lembrar que a remessa de vacina Pentavalente, adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), foi reprovada em teste de qualidade feito pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Por este motivo, as compras com o antigo fornecedor, a indiana Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que pré-qualifica os laboratórios.
Fonte: Ministério da Saúde