Em sua recém-lançada Planta Piloto Biotec, Libbs vai produzir IFA para testes clínicos de imunizante da UFMG

A Libbs vai produzir o insumo farmacêutico ativo (IFA) da SpiN-TEC, a primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19, desenvolvida pelo Centro de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É também a primeira vacina inteiramente desenvolvida no Brasil, desde a pesquisa inicial até os ensaios clínicos. O CT Vacinas aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início aos testes clínicos de fase 3, que devem contar com cerca de 5,4 mil voluntários em todo o País. Na fase 3 da pesquisa, última antes do pedido de registro junto à Anvisa, a vacina é aplicada em pacientes voluntários de todo o Brasil com acompanhamento da equipe de pesquisa para verificar segurança, eficácia e qualidade.
A parceria entre Libbs e UFMG teve início após uma longa busca dos pesquisadores por uma estrutura industrial no Brasil que pudesse produzir o IFA para a fase 3 dos testes clínicos, uma exigência para obter recursos da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e avançar com os estudos. A parceria também marca a estreia da Libbs na oferta de serviços como CDMO (prestadora de serviços para desenvolvimento e manufatura).
“Entramos em contato com diversas empresas para identificar quem, no Brasil, possuía expertise e planta disponível para a produção do IFA em território nacional. Entretanto, as indústrias farmacêuticas com área de biotecnologia operam com capacidade plena e não interrompem suas linhas de produção para atender demandas em escalas menores”, contou Graziella Gomes Rivelli, pesquisadora e líder de Plataforma de Assuntos Regulatórios do CT Vacinas da UFMG.
O modelo CDMO permite que empresas terceirizem parcial ou integralmente etapas do processo de desenvolvimento e fabricação de medicamentos, da formulação à produção final. Isso acelera o desenvolvimento de novos produtos, reduz custos e melhora o acesso da população aos melhores e mais avançados tratamentos.
Na prática, por meio do CDMO, empresas, startups ou universidades que não possuem infraestrutura industrial ou know-how específico podem contratar parceiros com capacidade técnica e produtiva para transformar uma molécula promissora em um produto pronto para testes clínicos ou até para o mercado. É uma solução estratégica que acelera a inovação e democratiza o acesso à saúde.
Na Libbs, o CDMO é ofertado na primeira Planta Piloto Biotec do Brasil, inaugurada em dezembro de 2024 já com a parceria com o CT-Vacinas da UFMG. “Com a Planta Piloto Biotec, queremos impulsionar ainda mais o avanço da ciência no Brasil, oferecendo soluções que atendam às necessidades dos pacientes e acelerem o desenvolvimento dos melhores medicamentos e tratamentos”, explicou Monique Mantovani, gerente da Biotec da Libbs. A equipe da Planta Piloto Biotec é composta por cientistas, mestres e doutores de áreas como biotecnologia, engenharia de bioprocessos e farmácia. Um dos objetivos da unidade é justamente fomentar parcerias com universidades, startups e institutos de pesquisa, ampliando as conexões entre a ciência e a indústria farmacêutica. Sem essa estrutura, muitos projetos de pesquisa não conseguem avançar no país por falta de capacidade industrial, um gargalo que a Libbs busca suprir com sua atuação como CDMO.
Divulgação Libbs