Empresas associadas à ABIFINA intensificam produção para atender hospitais públicos e privados

Laboratórios farmacêuticos estão operando a todo vapor para não deixar que o mercado fique desabastecido do chamado “kit intubação” – conjunto de remédios essenciais para o tratamento de casos graves da Covid-19. Com o agravamento da pandemia, a demanda pelas drogas tem crescido, mas o Brasil não consegue importar mais quantidade, pois o problema é mundial. O Sistema Único de Saúde (SUS) e a rede particular vêm disputando a produção nacional desses medicamentos e a solução encontrada pelas empresas, entre elas associadas à ABIFINA, tem sido administrar a produção e investir para aumentá-la.

No Cristália, que produz 24 dos 30 itens usados nas UTIs, a solução foi gerenciar cuidadosamente a distribuição. A empresa realiza negociações diárias com os interessados para a venda da produção, de forma que não falte para os demais. O laboratório é um dos principais fabricantes de anestésicos do País, mas não possui estoque – e a produção atual não dá conta da demanda. A entrega ao governo de 1,26 milhão de unidades de remédios para a rede pública foi feita retirando um pouco de vários contratos em andamento. Para ampliar a capacidade de produção, a empresa ressaltou que está investindo R$ 73 milhões.

Outra empresa que está investindo significativamente é a Nortec Química. Em 2021, serão destinados R$56 milhões na ampliação de sua capacidade produtiva para garantir o fornecimento contínuo à indústria farmacêutica de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs) essenciais para o atendimento dos pacientes neste momento crítico. Entre eles, estão midazolam, diazepam, lidocaína e haloperidol, componentes do chamado “kit intubação” e dos protocolos de pronto atendimento.

A Globe Química, outro fabricante nacional de insumos, atua desde meados de 2020 na ampliação de suas instalações e na verticalização completa da produção dos IFAs Midazolam e citrato de fentanila, ambos usados no “kit intubação”. Até o momento, todo o processo da produção deste último já foi verticalizado e cerca de 75 % do projeto para o Midazolam foi concluído, um investimento de R$ 1,5 milhão. A empresa assegura que não há limites, financeiros ou não, pois a gravidade da situação não permite outro caminho.

A Eurofarma é uma das fabricantes de rocurônio, medicamento que compõem o chamado “kit intubação”. Desde o início da pandemia a empresa tem realizado uma série de esforços para o aumento da oferta deste e de outros produtos, como o incremento da capacidade de produção da planta de Itapevi, em 37%; investimento de R$ 22 milhões em equipamento para a elaboração de remédios que auxiliam no tratamento de pacientes com Covid-19; contratação de 500 temporários para suprir a ausência dos colaboradores afastados ou que integrem grupos de risco e lançamento da apresentação de ampola para ampliar a disponibilidade do brometo de rocurônio.  

ABIFINA – A Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades trabalha há 35 anos pelo desenvolvimento do parque industrial do setor no Brasil comprometida com a transparência, a ética e o avanço econômico nacional. Em busca de promover a competitividade na área, a ABIFINA atua em duas frentes: contribuições à formulação de políticas públicas e capacitação tecnológica de empresas.

A agenda estratégica da entidade cobre os temas da inovação, fabricação local, acesso ao mercado interno, comércio exterior, propriedade intelectual e investimento produtivo. Atenta às tendências da fronteira tecnológica, a ABIFINA tem atuado de forma intensa, nos últimos anos, nas questões técnicas e regulatórias no campo da biotecnologia.

Anterior

Cristália amplia a produção de medicamentos para Covid-19

Próxima

Nota de Esclarecimento - Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos