Em parceria com a Funed, a Unidade produz o Entecavir e libera mais de 670 mil comprimidos para o SUS

 

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) iniciou a produção do primeiro medicamento genérico do país para tratamento de infecção crônica do fígado causada pelo vírus da hepatite B (VHB). Trata-se do Entecavir 0,5 mg, antiviral que visa a reduzir o risco de progressão da doença nos pacientes e suas complicações, como cirrose, câncer hepático e até a morte.

Tal produção é resultado de uma cooperação com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), realizada em 2019, que define Farmanguinhos como local de fabricação do medicamento. O laboratório mineiro fica responsável pelo processo de embalagem e distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). Antes dessa parceria, o produto era importado dos Estados Unidos.

 

A Unidade já liberou mais de 670 mil comprimidos do Entecavir para o SUS.

Neste sentido, O Instituto já enviou os primeiros lotes, com mais de 670 mil comprimidos revestidos. No total, até o final de 2020, serão entregues 5.950 milhões de unidades farmacêuticas do Entecavir.

O presidente da Funed, Maurício Santos, destaca a relevância dessa parceria e da produção nacional deste antiviral.

“Acreditamos que essa é uma conquista nossa para o complexo industrial da saúde brasileiro, tão importante para garantir o acesso de nossa população a tratamentos de qualidade”, ressalta.

Dados epidemiológicos – A hepatite B pode ser transmitida pelo contato com sangue contaminado, sexo desprotegido, compartilhamento de objetos cortantes e de uso pessoal e de mãe para filho (transmissão vertical).

De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram registrados 13.992 casos no ano passado, o que representa 7 casos por 100 mil habitantes. Atualmente, mais de 37 mil pessoas estão em tratamento.

Segundo o diretor Jorge Mendonça, com essa parceria, o medicamento se torna mais acessível à população e aos governos, que podem disponibilizá-lo por meio de suas políticas públicas de saúde, uma vez que agora é fabricado nacionalmente, desde a produção do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) ao produto final.

“Desta forma, atuamos no fortalecimento do complexo industrial da saúde e desenvolvemos e internalizamos tecnologia no país”, observa Jorge Mendonça, diretor de Farmanguinhos. Com isso, mais uma vez, o Instituto reitera a sua eficiência técnica e o seu compromisso com a qualidade e com a saúde pública em âmbito nacional, sempre atuando em promoção da vida e do abastecimento do SUS”, assinala Mendonça.

 

Por Tatiane Sandes

 

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