Antes da visita às instalações fabris, houve uma reunião na Direção, que contou com a participação de Alessandra Esteves, Rodrigo Fonseca, Marco Aurélio Krieger, Nísia Trindade, Jorge Mendonça, Elda Falqueto, Vânia Dornellas, Núbia Boechat e Sílvia Santos (Foto: Viviane Oliveira)

Em mais um momento desafiador para a saúde pública brasileira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de seu Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), reafirma seu caráter estratégico para o país. Além das demandas previstas para este ano, e a conclusão de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP), a unidade foi requisitada pelo Ministério da Saúde a produzir medicamentos essenciais que estavam faltando na rede pública.

Ao todo, foram encomendadas mais de 40 milhões de unidades farmacêuticas de diversos medicamentos. Dentre eles, o tacrolimo, usado por pessoas submetidas a transplante de rim ou fígado, a fim de evitar rejeição do novo órgão; e o pramipexol, para tratamento de pacientes com Doença de Parkinson.

Durante a visita, Nísia Trindade fez questão de ressaltar o esforço gigantesco que a Unidade tem feito para atender a demanda e, com isso, abastecer o SUS (Foto: Viviane Oliveira)

Dada a relevância do cenário, o Instituto vem trabalhando intensamente para atender, em curto prazo, toda a demanda solicitada e, com isso, poder transmitir ao paciente a segurança de que não haverá interrupção no tratamento. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde (VPPIS), Marco Aurélio Krieger, conferiram pessoalmente o andamento da produção.

“Estou aqui para acompanhar de perto o esforço gigantesco que a nossa equipe está realizando para dar conta e responder a um problema fundamental de saúde pública que aconteceu este ano, mais precisamente a partir de abril, quando houve o desabastecimento de medicamentos muito importantes, como é o caso do tacrolimo, usado pelos pacientes transplantados, e de medicamentos para Parkinson. Nós estamos aqui trabalhando com equipes diuturnamente e nos fins de semana para suprir essa importante necessidade do Ministério da Saúde e do Brasil, que pode realizá-la através da Fiocruz”, frisou a presidente.

Nísia e Krieger foram recepcionados pelo diretor da unidade, Jorge Mendonça, pela chefe de Gabinete, Vânia Dornellas, pela coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Alessandra Esteves, pela vice-diretora de Operações e Produção, Elda Falqueto, pelo vice-diretor de Gestão da Qualidade, Rodrigo Fonseca, pela vice-diretora de Gestão Institucional, Sílvia Santos, e pela vice-diretora de Educação, Pesquisa e Inovação, Núbia Boechat.

Na Produção, os visitantes conferiram as novas áreas, além do andamento das atividades fabris (Foto: Viviane Oliveira)

Alta performance – Marco Aurélio Krieger ressaltou a capacidade técnica da unidade, que, além de atender a demandas emergenciais, está em processo de conclusão de cinco Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDP) este ano. “É um momento muito especial por estarmos comemorando a entrega de dois medicamentos frutos de PDP. Além dessa atividade produtiva, estamos conferindo a fabricação de medicamentos que estavam com uma demanda reprimida, quase num processo de desabastecimento, e Farmanguinhos vem trabalhando diariamente, inclusive fins de semana, para auxiliar o Ministério a superar essa dificuldade.  Estou muito bem impressionado com o que vi”, observou Krieger.

Para se ter uma ideia do atual volume de produção, a planta fabril do Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) está com mais oito itens em linha, todos voltados para distribuição no SUS: os antirretrovirais Efavirenz, Lamivudina+Zidovudina e Nevirapina, os antivirais oseltamivir e Ribavirina, o antimalárico Cloroquina e a Vitamina A.

Jorge Mendonça explica parte do processo fabril, investimentos e capacidade de produção (Foto: Viviane Oliveira)

Além desses produtos, o Instituto finalizou a fabricação dos lotes-piloto do Sevelâmer, para Doença Renal Crônica, e do Duplivir, assim chamado por reunir em um único comprimido dois princípios ativos (lamivudina e tenofovir), ambos provenientes de Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP).

Segundo Nísia Trindade, esse trabalho representa a garantia do papel que a Fiocruz tem desde a sua origem, que é responder aos desafios sanitários e fortalecer as políticas públicas e a produção de medicamentos, insumos, vacinas e diagnósticos para a população.

“Estaremos finalizando em Farmanguinhos cinco PDP, o que significará o acesso de medicamentos a um preço muito mais econômico para o nosso país. Essa é uma realização, que corresponde a uma Política Pública do Ministério, de fortalecer os laboratórios públicos, no nosso caso, Bio-Manguinhos e Farmanguinhos, mas todos os laboratórios públicos têm um papel nesse processo”, assinalou.

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