Os medicamentos biológicos, em particular os biossimilares, entraram de vez na mira da indústria farmacêutica como um todo. Nos últimos anos, os laboratórios brasileiros têm ampliado a capacidade de fabricar esses medicamentos de forma cada vez mais competitiva frente às multinacionais.

Os biológicos são produtos complexos derivados de organismos vivos, como proteínas, células ou tecidos, usados no tratamento de inúmeras doenças como câncer, artrite reumatoide e diabetes. Já os biossimilares são versões semelhantes e mais baratas dos biológicos. Ambos oferecem alternativas terapêuticas avançadas e contribuem significativamente com a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, a produção nacional de biossimilares tem aumentado a cada ano.

“Os biológicos têm transformado a maneira com que tratamos uma série de doenças, desde doenças autoimunes até câncer. São opções terapêuticas mais modernas. Já os biossimilares têm contribuído ao aumentar o acesso da população a essa nova classe de medicamentos, e ao ajudar a desonerar os sistemas de saúde com opções mais baratas. A indústria nacional está atenta a esse importante movimento e investindo cada vez mais na produção de biossimilares no Brasil, o que tem ajudado a desenvolver a indústria brasileira de biotecnologia”, disse Anna Guembes, diretora de inovação e desenvolvimento de negócios da Libbs.

Em 2022, a venda de medicamentos biológicos no Brasil somou R$ 34 bilhões, o que representou 25,9% do faturamento total da indústria farmacêutica. Os biológicos só ficaram atrás dos novos medicamentos, que faturaram R$ 43,2 bilhões naquele ano, segundo dados do Ministério da Saúde.

Entre alguns dos medicamentos biológicos mais comuns, estão o infliximabe (doenças inflamatórias), o rituximabe (câncer e doenças autoimunes), a insulina glargina (diabetes) e o trastuzumabe (câncer de mama) – todos também possuem biossimilares no mercado.

Saiba mais sobre essa categoria de medicamentos:

O que são medicamentos biológicos e biossimilares?

Os medicamentos biológicos são produzidos a partir de organismos vivos ou de suas células, e são utilizados no tratamento de doenças como câncer, artrite reumatoide e diabetes. Os biossimilares são versões similares dos biológicos, desenvolvidos para ter a mesma segurança, eficácia e qualidade do produto de referência, mas a preços menores.

Quais as diferenças em relação aos medicamentos sintéticos?

Os sintéticos são produzidos em laboratório, por meio de processos químicos, com uso de substâncias químicas purificadas, enquanto os biológicos derivam de organismos vivos, como células e tecidos humanos, animais ou microorganismos, e, por isso, exigem técnicas biotecnológicas avançadas.

Para que são usados os medicamentos biológicos e biossimilares?

Os medicamentos podem ser usados no tratamento de câncer, em terapias-alvo e imunoterapia, e da diabetes, além de doenças autoimunes, como artrite reumatoide e doença de Crohn, e doenças inflamatórias, como espondilite anquilosante e psoríase.

Por que os medicamentos biológicos são mais caros que os sintéticos?

A produção dos biológicos envolve processos mais complexos, o que resulta em custos maiores de pesquisa, desenvolvimento e fabricação. Os medicamentos também passam por rigorosos testes clínicos para garantir sua segurança, eficácia e qualidade.

Por que é importante investir em biossimilares?

Os biossimilares oferecem alternativas mais acessíveis aos pacientes que precisam de terapias biológicas. Com a entrada de biossimilares no mercado, aumenta a competição entre as farmacêuticas, o que leva a reduções significativas nos preços, beneficiando pacientes e sistemas de saúde. Além disso, o lançamento de biossimilares estimula a inovação e o avanço da biotecnologia.

Divulgação Libbs

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