O Grupo Centroflora apresentou, em evento no dia 11 de novembro, sua nova planta piloto de última geração focada na produção e desenvolvimento de extratos botânicos, óleos essenciais e ativos isolados. O objetivo da unidade é não apenas a produção própria, como apoiar projetos de parceiros na área de medicamentos de origem natural, contribuindo para inserir o Brasil no cenário da bioeconomia mundial. A ABIFINA esteve presente no evento, representada pelo presidente executivo, Antonio Bezerra.
Na cerimônia de abertura, o presidente do Grupo Centroflora, Peter Andersen, comentou que o projeto visa a agregar valor aos produtos nacionais, inclusive com potencial para exportação, o que pode ajudar o País a reduzir o déficit na balança comercial. Grande parte dos fitoterápicos consumidos no mercado interno hoje é importada.
“Cinquenta por cento dos fármacos vendidos no mundo têm origem natural. O Brasil possui capacidade para desenvolver moléculas oriundas da biodiversidade. Precisamos ler nossas bibliotecas”, defendeu Andersen.
Segundo o executivo, o Centroflora tem diversos projetos incubados, sendo referência na tecnologia de extração, com uma estrutura única e completa, inclusive com recursos humanos qualificados. “Convidamos todos a pensarem grande, pensarem fito, pensarem Brasil”, declarou, antecipando o próximo projeto, um hub de conteúdo fito aberto e on-line.
Cristina Dislich Ropke, diretora de Inovação do Centroflora e diretora para Assuntos da Biodiversidade na ABIFINA, acrescentou que o Grupo continuará inovando e já prevê, para o próximo ano, o lançamento de um novo parque fabril moderno para melhorar a escalabilidade dos produtos.
Após a exibição de um vídeo sobre a planta piloto, que pode ser assistido aqui, foi realizado o debate “Inovação em fitomedicamentos – Cenário atual e oportunidades futuras”. Os participantes abordaram o marco legal da biodiversidade, o incentivo à produção nacional, modelos de inovação e as experiências de pesquisa e desenvolvimento na área.
O debate contou com Ana Cecília Carvalho, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); João Batista Calixto, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Luiz Eugênio Mello, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp); Vânia Machado, do Aché Laboratórios, e Eduardo Emrich, da Biominas Brasil. Gravação disponível neste link.