Bio-Manguinhos inaugurou, no dia 9 de dezembro, o Centro Henrique Penna – Protótipos, Biofármacos e Reativos para Diagnóstico, que abrigará, no Rio de Janeiro, a maior planta de protótipos da América Latina, preenchendo uma lacuna na cadeia de inovação tecnológica do País. O novo centro oferece infraestrutura laboratorial para uso de cientistas e pesquisadores, com equipamentos para o desenvolvimento de novos produtos. A cerimônia de inauguração foi presidida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, e pelo presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Paulo Gadelha, Akira Homma, Ricardo Barros e Artur Couto descerram a placa do CHP


O ministro Ricardo Barros visitou as instalações do prédio antes da cerimônia

Para o 2º vice-presidente da ABIFINA, Reinaldo Guimarães, que esteve no evento, o Centro Henrique Penna contribui para o Brasil reduzir a dependência tecnológica no setor farmacêutico. Segundo ele, a estrutura representa o fortalecimento da capacidade de inovação no País, além de promover a integração entre instituições de ciência e tecnologia públicas e privadas. 

Guimarães destaca ainda que a concepção integrada (ao reunir plantas de protótipo e de fabricação, tanto de vacina, como de reativos e medicamentos) permitirá a racionalização das operações e da manutenção técnica, o que levará à redução de custos. 

Com investimento de R$ 478 milhões, o Centro produzirá  medicamentos como o Alfaepoetina, usado no tratamento de anemia em portadores de insuficiência renal crônica; em pacientes com Aids submetidos ao tratamento com zidovudina (AZT) e em pacientes com câncer em tratamento quimioterápico.

Posteriormente, também serão produzidos biofármacos que fazem parte da carteira de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de Bio-Manguinhos, como a Filgrastima (usada para tratar efeitos colaterais em pacientes de câncer) e a Somatropina (para tratar deficiência do crescimento).

Além de aumentar a capacidade de produção de medicamentos biológicos, o centro também ampliará a fabricação de testes para diagnóstico de 8 milhões para 20 milhões por ano. Entre os insumos que poderão ser produzidos, estão os reativos para o teste sorológico para Zika e para o Kit Molecular ZDC (que permite diferenciar os diagnósticos de Zika, dengue e chikungunya). 

Já a planta de protótipos produzirá lotes experimentais para uso em estudos clínicos e poderá ser usada por laboratórios parceiros.

Na cerimônia de inauguração do Centro Henrique Penna, foram homenageados o vice-presidente de Biotecnologia da ABIFINA e presidente do Conselho Consultivo de Bio-Manguinhos, Akira Homma, e o pesquisador Henrique Penna, que foi líder no início do processo de desenvolvimento e produção da vacina de febre amarela, na década de 1930.

(Com informações do Portal da Saúde e de Bio-Manguinhos)

Imagens: Bernardo Portella

 

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