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Professor de Direito e Ciências da Saúde da University of Surrey (Reino Unido), Ryan Abbott é o conferencista internacional da décima edição do Seminário Internacional Patentes, Inovação e Desenvolvimento – X SIPID, que acontece no dia 4 de dezembro, no Rio de Janeiro. Abbott falará pela manhã na conferência “The power of incremental innovation”.
Em entrevista ao site da ABIFINA, o acadêmico fala sobre como a inovação incremental é essencial para P&D na área de Saúde, ao mesmo tempo em que apresenta desafios relativos à patente. Discorre ainda sobre os impactos da inteligência artificial no desenvolvimento de medicamentos e para a PI, um de seus temas atuais de estudo. Confira a seguir.
1. Qual a importância e os desafios da inovação incremental, tema deste X SIPID, para o Complexo Industrial da Saúde?
Abbot: A inovação incremental é um aspecto fundamental, e controverso, para P&D nas Ciências da Vida. Por exemplo, o aprimoramento posterior de compostos terapêuticos já aprovados pode fornecer aos pacientes novos benefícios de medicamentos já conhecidos por serem seguros e eficazes em outros contextos. Investir em tratamentos existentes também pode representar uma oportunidade financeira atrativa para empresas de biofarma, devido à diminuição do risco.
Por outro lado, o investimento em tratamentos existentes pode limitar os recursos disponíveis para a busca de descobertas inovadoras. Além disso, o patenteamento “excessivo” pode reduzir a concorrência e o acesso do paciente, e até mesmo restringir a pesquisa. A inovação incremental de um pode ser o evergreening [prática de se estender a patente de um medicamento além do tempo originalmente permitido pela legislação] de outro.
2. O senhor estuda inteligência artificial (IA) e patentes. Como a IA pode afetar a inovação e a regulamentação de propriedade intelectual para a Indústria da Saúde?
Abbott: A inteligência artificial está sendo cada vez mais aplicada a todos os estágios de P&D nas Ciências da Vida, ajudando a identificar candidatos a medicamentos e alvos terapêuticos, modelando a ligação anticorpo-antígeno, prevendo interações medicamentosas e descobrindo novas indicações para tratamentos já existentes a partir do reconhecimento de padrões via big data. Esses avanços colocam novos desafios aos sistemas de propriedade intelectual estabelecidos para incentivar e proteger atividades de criação intelectual humana.
3. Qual é o maior desafio para a regulação da propriedade intelectual nos próximos dez anos?
Abbott: Acredito que a inteligência artificial irá representar o maior desafio para a legislação de propriedade intelectual nos próximos dez anos.
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