25/11 – Rio de Janeiro

A ABIFINA promoveu nesta terça-feira, dia 25 de novembro, a quinta edição do Seminário sobre Inovação e Desenvolvimento – Sipid, no Rio de Janeiro. Com o mote Estado, Desenvolvimento e Inovação, o encontro reuniu os protagonistas da política industrial voltada para farmoquímica no Brasil e os novos atores que se debruçam sobre a pauta. Os desafios do setor no momento político atual, as perspectivas para as Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) a partir do novo marco regulatório e a expectativa por maior aproximação entre todos os entes para promover o desenvolvimento nacional com inovação foram alguns assuntos debatidos.

O economista Marcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor da Unicamp, falou sobre o tema do Seminário na mesa de abertura. Ele remontou a trajetória econômica brasileira para apontar que os momentos de crise internacional têm sido propícios para o desenvolvimento brasileiro. O especialista relacionou obstáculos para a indústria nacional e encerrou com um alerta sobre o sistema tributário e a crise de representatividade política vivida atualmente. 

Da esq. para dir: Odilon Costa, Nelson Brasil, Carlos Morel, Carlos Gadelha, Pedro Palmeira, Telma Salles, Reinaldo Guimarães e Ogari Pacheco

“O evento ocorre numa oportunidade ímpar porque o país passa por transformações importantes, que reforçam a importância de uma retomada da industrialização. Tencionamos promover esse estímulo com o encontro”, avaliou o presidente da ABIFINA, Ogari de Castro Pacheco. Além dele, compuseram a mesa de abertura o 1º vice-presidente da Associação, Nelson Brasil, o representante da Firjan, Isaac Plachta, e o presidente do grupo FarmaBrasil, Reginaldo Braga Arcuri. 

Representando o ministro da Saúde, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, fez uma explanação sobre diferenças entre as Parcerias Público-Privadas e o modelo das PDPs, além de discorrer sobre o sistema público de saúde e as opções brasileiras nesse campo. Também na abertura, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi substituído pelo diretor das áreas Industrial, de Capital Empreendedor e de Mercado de Capitais, Julio César Maciel Ramundo.

À tarde, duas mesas redondas abriram espaço para o diálogo e a proposição de novas frentes de ação. Inicialmente, o debate girou em torno do tema “As formas de intervenção do Estado nas políticas de inovação produtiva”, sob a condução de Antônio Werneck, presidente do Instituto Vital Brazil e diretor da ABIFINA. Diferentes pontos de vista sobre a conjuntura político-econômica e novos dados sobre o setor foram expostos. Os participantes também fizeram comparações entre o modelo brasileiro e de outros países. Ronaldo Fiani, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ignacio Delgado, pesquisador do Instituto de Ciência e Tecnologia em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento, Nelson Marconi, professor da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, e Carlos Ocké, pesquisador do Ipea, palestraram também.

Na segunda parte, o tema proposto foram “Os desafios para a inovação produtiva em saúde no Brasil”. Sob a batuta de Carlos Morel, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, a economista Lia Hasenclever, da UFRJ, analisou a questão da Propriedade Intelectual. Já Carlos Gadelha, do Ministério da Saúde, voltou ao púlpito para informar sobre as perspectivas na política pública para o setor, e Pedro Palmeira, chefe do departamento de Produtos para Saúde do BNDES, comparou o desempenho das indústrias farmacêutica e farmoquímica. Reinaldo Guimarães, 2º vice-presidente da ABIFINA, concluiu descrevendo a política de acesso a medicamentos à luz das políticas atuais e os espaços para atuação do Estado como promotor de oportunidades.   

Representantes da indústria participaram em peso, assim como pesquisadores e representantes de órgãos do governo. Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) foram algumas das autarquias representadas.

 

Acesse abaixo as apresentações do V Sipid:

 

APRESENTAÇÃO RONALDO FIANI

TEMA: Os sistemas híbridos de inovação, com enfoque na importância da coordenação entre os diversos atores”.      

APRESENTAÇÃO IGNACIO DELGADO

TEMA: “Oportunidades e obstáculos ao desenvolvimento brasileiro via inovações e a adequação do papel do estado no processo, seja como agente ativo seja como regulador”.

APRESENTAÇÃO NELSON MARCONI

TEMA“A questão da desindustrialização como obstáculo ao processo de desenvolvimento via inovações”.

APRESENTAÇÃO  LIA HASENCLEVER

TEMA: “A questão da propriedade intelectual – patentes e dados proprietários – como barreiras a disseminação tecnológica”.

APRESENTAÇÃO PEDRO PALMEIRA

TEMA: ”O problema dos princípios ativos e seus precursores como o elo fraco na cadeia de produção químico farmacêutica no Brasil”.

 



 

 

 

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