O setor industrial terá uma empresa de pesquisa e inovação tecnológica, nos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com capital privado. O anúncio foi feito pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no escritório da CNI em São Paulo (SP), na semana passada.


De acordo com ele, o investimento, apesar de não ser grande, é palatável para o setor. “Talvez seja uma empresa criada com capital entre R$ 40 milhões e R$ 50 milhões”, disse. Para Andrade, o setor industrial tem pressa na constituição do novo organismo. “No segundo semestre tem de estar funcionando porque temos um sentido de urgência muito grande. Essas ações têm de ser imediatas”.


A nova empresa terá o objetivo de dar suporte à pequena e média empresa para que tenha a inovação como estratégia de desenvolvimento de negócios. A “Embrapi”, como tem sido chamada, pois ainda não há nome oficial, direcionará os recursos para inovação.


“O importante é que ela tenha a capacidade de fazer a gestão de fundos setoriais e privados que estejam interessados no investimento em empresas inovadoras. Esses fundos teriam valores muito mais elevados do que o aporte inicial”, completou o presidente da CNI.


Presente na ocasião, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que a empresa aproveitará os laboratórios e centros de apoio tecnológico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Mercadante antecipou que a iniciativa privada terá mais participantes na gestão, mas o governo exercerá poder de veto.


Mercadante revelou ainda que a empresa de pesquisa e inovação tecnológica da indústria deverá firmar parceria com o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, um dos maiores centros tecnológicos do mundo, para atender a demanda de inovação no setor.


Conselho
O presidente da CNI anunciou a criação de um conselho temático dedicado à internacionalização das empresas brasileiras. A instância será um fórum de debates e de troca de experiências entre os dirigentes empresariais de vários setores. Irá elaborar estudos e orientará a ação da CNI sobre o tema. “Tenho certeza de que criaremos um intercâmbio muito proveitoso de informações entre empresas que estão se internacionalizando ou que pretendam operar no exterior”, afirmou.


(Com informações da CNI)

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