A executiva Telma Salles assumiu neste mês a presidência da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Ao Valor, Telma afirmou que quer consolidar os genéricos como instrumento de acesso e regulador de preços no mercado, uma vez que esses remédios chegam a ser até 70% mais baratos que os produtos de referência.


A executiva também quer reforçar que as empresas associadas à entidade continuem participando ativamente das políticas governamentais de acesso a medicamentos, como o programa social Farmácia Popular. A Pró Genéricos reúne os 12 principais fabricantes de genéricos do país. “Os genéricos respondem por 65% dos produtos incluídos nesse programa [total de 108 produtos]”, disse.


Telma está ocupando a cadeira que pertencia a Odnir Finotti, que deixou a entidade para comandar a Bionovis, superlaboratório recém-criado pelo Aché, Hypermarcas, União Química e EMS, com apoio do governo federal e do BNDES, para a produção de medicamentos biológicos no país.


Antes de assumir a presidência da Pró Genéricos, Telma passou pelos laboratórios EMS, Hexal [adquirido pela Sandoz ] e Aché. Também trabalhou no segmento de distribuição de medicamentos. Formada em administração, a executiva é a primeira mulher a assumir o comando da entidade.


Com 25% de participação no mercado brasileiro de medicamentos, a meta do setor de genéricos é atingir uma fatia de 30% em 2013. “Mas o setor tem espaço para chegar a 45% nos próximos anos”, afirmou. Até 2015, a expectativa é de que 17 moléculas tenham a patente expirada, com potencial de receita de R$ 370 milhões por ano. “Quando os genéricos começaram a ser comercializados no Brasil, não houve acesso imediato das classes C e D. O potencial de expansão com a adesão dessa população é maior agora.”


A executiva evitou fazer projeções de crescimento do setor em 2012, mas afirmou que será uma expansão acima de dois dígitos, considerando os dados parciais no acumulado de janeiro a maio. Em receita (reais), as vendas de genéricos subiram 34% no período e em volume, 22,1%. No mesmo período, o mercado total de medicamentos teve aumento de 17,8% em receita e 11,7% em volume. (MS)


Fonte: Valor Econômico

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