Laboratórios públicos e privados assinaram no dia 27 de março, em Brasília, termos de compromisso de 33 Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). A cerimônia aconteceu na 15ª Reunião do Grupo Executivo do Complexo Industrial da Saúde (Gecis), que teve a participação do presidente da ABIFINA, Ogari Pacheco.
Os acordos cobrem a produção de 11 medicamentos sintéticos e cinco biológicos para o tratamento de doenças como hepatite C, câncer, artrite reumatóide, HIV e imunossupressores pelo Sistemas Único de Saúde (SUS). Os novos produtos serão negociados com preço até 70% menor que a última aquisição do Ministério da Saúde. Atualmente, a pasta tem 100 parcerias vigentes com 14 laboratórios públicos e 38 privados.
Outro acordo foi assinado entre o Ministério da Saúde e a Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul) para o desenvolvimento do primeiro Reator Multipropósito Brasileiro. A pasta garantiu o investimento de R$ 750 milhões até 2022, sendo R$ 30 milhões ainda este ano. A parceria contribuirá para o fim da dependência externa na produção de radioisótopos e para o fornecimento de radiofármacos para o SUS a preço de custo.
Desde 2009, o Brasil tem dificuldade no abastecimento de radioisótopos, utilizado em cerca de 80% dos procedimentos adotados pela medicina nuclear. Isso se deve à paralisação do reator canadense que abastecia todo o mercado brasileiro e 40% do mundo. Desde então, o País busca outros fornecedores importados, já que cerca de 2 milhões de procedimentos médicos utilizam os radiofármacos.
Ainda durante a reunião, o Ministério da Saúde fez um balanço das ações do Programa para o Desenvolvimento do Complexo Industrial da Saúde (Procis), que tem o objetivo de fortalecer a infraestrutura de produção e inovação em saúde do setor público, dando maior autonomia ao País em relação à produção de tecnologias estratégicas para o SUS.
Com informações do Ministério da Saúde