Indicadores Industriais confirmam a desaceleração no ritmo de crescimento da atividade em 2011


Brasília (6/7/2011) – O faturamento da indústria caiu 1,3% e as horas trabalhadas na produção recuaram 0,5% em maio na comparação com abril, na série livre de influências sazonais. As informações são dos Indicadores Industriais, divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quarta-feira, 6 de julho.
A pesquisa revela que a utilização da capacidade instalada da indústria cresceu 0,2 ponto percentual e atingiu 82,4% em maio, também na série livre de influências sazonais.  Na mesma comparação, o emprego aumentou 0,4%. Depois de dois meses de queda, os salários subiram 1,8% em maio frente a abril. O rendimento médio real dos trabalhadores aumentou 1,1% no período.
“Os indicadores confirmam que há uma desaceleração no ritmo da atividade industrial”, disse o economista Marcelo de Ávila, da Unidade de Política Econômica da CNI. A pesquisa mensal mostra que, desde janeiro, há uma alternância entre queda e crescimento dos dados pesquisados. Parte dessa volatilidade se deve ao calendário atípico de 2011, com o carnaval em março e a semana santa em abril. Apesar do efeito calendário, não há uma tendência clara de crescimento contínuo da atividade, explicou Ávila. “Neste ano, a indústria não terá o mesmo crescimento de 2010”, completou.  
Entre os 19 setores pesquisados pela CNI, o de produtos de metal, que fabrica estruturas metálicas, embalagens, ferramentas entre outros, teve o melhor desempenho em maio. O faturamento do setor aumentou 12,4%, as horas trabalhadas na produção subiram 5,0%, o emprego teve expansão de 2,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. A utilização da capacidade instalada do setor aumentou 0,1% depois de uma queda de 0,8% no período imediatamente anterior.  
O pior resultado foi o da indústria do vestuário. O faturamento do setor caiu 6,7%, as horas trabalhadas na produção recuaram 3,8%, e o emprego aumentou apenas 0,3% em maio na comparação com o mesmo mês de 2010. Segundo Ávila, esse desempenho é resultado da desvalorização do dólar diante do real, que tira a competitividade do produto brasileiro e estimula as importações, especialmente da China. “O aumento das importações e a queda nas exportações pode reduzir os investimentos no setor”, alertou o economista.  


Fonte: Sistema Indústria (CNI SESI SENAI IEL)

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