Audiência apresentou propostas para fortalecer a indústria nacional e garantir isonomia competitiva frente ao aumento das importações

Em 26 de maio, durante o evento do Dia da Indústria promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, autoridades e representantes do setor produtivo discutiram medidas essenciais para impulsionar o desenvolvimento econômico brasileiro.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou no painel “O papel da Política Industrial no novo Cenário Global” que inovação, sustentabilidade e redução do chamado “custo Brasil” são pilares fundamentais para garantir a competitividade da indústria nacional frente aos desafios globais.
Segundo Alckmin, as seis grandes missões da Nova Indústria Brasil (NIB) — agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e defesa — já mostram resultados concretos. Ele ressaltou os R$ 80 bilhões investidos em pesquisa e desenvolvimento, o protagonismo do Brasil na produção de combustível sustentável para aviação (SAF), a importância da Reforma Tributária para desburocratizar o setor produtivo e o papel da política externa no fortalecimento dos mercados industriais brasileiros.
O encontro também contou com falas do ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, que reforçou a importância da segurança jurídica e de uma agenda regulatória sólida para melhorar o ambiente de negócios, e do embaixador Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto, que abordou como a política externa pode ser indutora para inovação e inserção estratégica nas cadeias globais.
O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, reforçou a necessidade de uma política industrial como política de Estado, que atravesse diferentes governos, garantindo impacto econômico e social de longo prazo. Ele alertou que a redução do custo Brasil — estimado em R$ 1,7 trilhão por ano — é uma decisão majoritariamente política e essencial para aumentar a competitividade.
Andrey Freitas, presidente-executivo da ABIFINA, acompanhou o evento presencialmente, representando o setor de química fina e biotecnologia, atento aos debates sobre inovação, segurança jurídica e os instrumentos de financiamento industrial que impactam diretamente a neoindustrialização brasileira.