A Confederação Nacional da Indústria (CNI) promoveu o seminário “Reforma da Organização Mundial de Comércio (OMC)” no dia 2 de abril, em São Paulo. O presidente-executivo da ABIFINA, Antonio Bezerra, esteve no evento. Participaram organizações empresarias dos Estados Unidos, México, União Europeia e países do Mercosul, com objetivo de discutir caminhos para restabelecer a legitimidade do sistema multilateral de comércio.

Um estudo da CNI mostra que o comércio do Brasil com países do G20 tende a sofrer uma sobretaxa 120% acima da atual, caso a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o aumento do protecionismo continuem a reduzir a abrangência da OMC. Se os impostos de importação voltarem ao patamar pré-OMC, os exportadores brasileiros podem chegar a pagar US$ 6,3 bilhões a mais nas vendas para os países do G20.

Fabrízio Panzini, gerente de negociações internacionais da CNI, afirmou que o Brasil é capaz de abandonar o status de tratamento especial na OMC, que lhe garante vantagens como mais prazo para cumprimento de acordos, crédito internacional mais barato e outras flexibilidades em acordos com países desenvolvidos.

“É algo que o Brasil pode abrir mão sim, mas isso tem que fazer parte de um pacote negociado com outros ganhos que são do interesse do País, como subsídios na agricultura e na indústria”, defendeu Panzini.

Anteriormente, no dia 1º de abril, o presidente-executivo da ABIFINA participou de reunião promovida pela CNI, em São Paulo. Na ocasião, Richard Baldwin, professor de economia internacional do Instituto de Pós-Graduação em Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra, discorreu sobre a reforma unilateral de tarifas.

Fonte: Com informações da Agência Brasil

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