
No dia 6 de junho, em Brasília, o presidente-executivo da ABIFINA, Andrey Freitas, participou de audiência com a Subsecretária de Articulação em Temas Comerciais da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), Heloisa Pereira, e com Maurício Genta Maragni, coordenador de Temas Tarifários. O encontro teve como pauta os impactos da crescente desindustrialização no setor nacional de defensivos agrícolas.
A reunião foi motivada pelo avanço expressivo das importações de produtos formulados, especialmente originários da China e da Índia, que têm pressionado fortemente a indústria instalada no Brasil. Segundo relatório técnico apresentado pela entidade, o volume de produtos formulados importados atingiu 762 mil toneladas em 2024 — um aumento de 41% em relação ao ano anterior. Desse total, 70% vieram da China, com preço médio de apenas US$ 3,9/kg.
Durante a audiência, a ABIFINA alertou para a crescente utilização de NCMs genéricos (“outros herbicidas”, “outros inseticidas” etc.) por parte dos importadores, o que dificulta ações de fiscalização, controle de qualidade e a investigação de práticas anticoncorrenciais. Também foram apresentadas informações sobre a inclusão massiva de importadores e formuladores estrangeiros em registros existentes, estratégia que dilui responsabilidades legais e compromete a competitividade da indústria nacional.
A ABIFINA reforçou a necessidade urgente de revisão das políticas comerciais e regulatórias, com o objetivo de proteger a produção local, fortalecer o parque tecnológico do setor e promover um ambiente de negócios mais equilibrado frente à concorrência internacional.