
O Rio Health Forum 2025, realizado nos dias 5, 6 e 7 de novembro, na ExpoRio Cidade Nova (RJ), reuniu autoridades, representantes da indústria e especialistas para discutir o tema global “Construindo um Sistema Integrado e Sustentável na Saúde”. Sob a presidência de Nelson Teich, o evento promoveu debates sobre inovação, integração e sustentabilidade no sistema de saúde brasileiro.
No dia 6 de novembro, o presidente-executivo da ABIFINA, Andrey Freitas, participou da mesa “Como o Programa de Desenvolvimento da Inovação Local (PDIL) pode alavancar o Novo CEIS”, ao lado de Fernanda De Negri, Secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, Guillaume Pivart (Sanofi), Marcelo Morales (ANM) e Reginaldo Arcuri (Grupo FarmaBrasil). A mesa foi moderada por Juliana Megid (EMS), Vice-Presidente de Assuntos Regulatórios da ABIFINA, e integrou o eixo Indústria & Pesquisa do evento.
Em sua fala, Andrey destacou a atuação da ABIFINA e demais entidades do setor no sentido de transformar as iniciativas de política industrial atualmente em funcionamento em políticas de Estado. Segundo ele, é necessário fortalecer o ambiente normativo – tanto em nível legal quanto regulatório – para oferecer a segurança jurídica e a previsibilidade necessárias para o planejamento e para o investimento produtivo de longo prazo. Essa é uma condição fundamental para o desenvolvimento de inovações e para a garantia do acesso da população brasileira a produtos e serviços de saúde de qualidade.

A Secretária Fernanda De Negri enfatizou a importância da inovação na saúde, mas lembrou que esse é um processo demorado e caro, intensivo em ciência e regulação, que exige investimento na formação de pessoas e em infraestrutura de pesquisa. Segundo a secretária, é fundamental atuar em diversas frentes, cabendo ao Estado o papel de coordenação de iniciativas e de instrumentos de fomento. Nesse sentido, ressaltou o papel das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) como incentivo aos avanços tecnológicos no setor e para viabilizar o acesso das empresas nacionais ao mercado público. Falou também da importância do PDIL para o fomento da inovação. Mas afirmou que esses são apenas alguns dos instrumentos de ação do Estado brasileiro, que não pode se limitar a eles.
De Negri destacou ainda a relevância de atuação do Estado na criação de hubs de pesquisa e desenvolvimento que possam atuar como centros fomentadores de inovação e de formação e retenção de talentos no Brasil. Nesse sentido, anunciou a inciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, de formação de um hub de saúde no CNPEM, em Campinas-SP, com o objetivo de otimizar a combinação de investimentos, talentos e projetos em saúde no País.
Fernanda Costa, especialista em Cadeia Química, Relações Governamentais e Internacionais da ABIFINA, também acompanhou o evento.
