A ABIFINA elegeu nesta quinta-feira, 22 de março, sua diretoria para o biênio 2018-2020. Por unanimidade, Ogari Pacheco, do Cristália, foi reconduzido à presidência pela terceira gestão consecutiva. Compõem ainda o novo quadro Sergio Frangioni, da Blanver, que assume pela primeira vez o cargo de 1º vice-presidente, e Jorge Mendonça, de Farmanguinhos, na posição de 2º vice-presidente, também em sua primeira eleição.

Os nomes do novo Conselho Dirigentes foram propostos por Nelson Brasil durante a última Assembleia Geral Ordinária (AGO), realizada na sede da entidade com 32 presentes e representantes de 15 empresas associadas. Na mesma AGO, houve também apresentações dos resultados da gestão 2016-2018, por Claudia Craveiro, gerente de Administração e Finanças, e do chefe do Departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde (DECISS) do BNDES, João Paulo Pieroni, sobre a reformulação pela qual o banco estatal está passando e as prioridades relativas ao Complexo Industrial da Saúde (CIS).

 

 

Novos dirigentes

Para Pacheco, a indicação para sua manutenção na posição mostra reconhecimento pelo seu trabalho à frente da entidade. “É uma honra poder servir à farmoquímica nacional e uma satisfação ser reconduzido, porque [indica] provavelmente que estão satisfeitos com o que tenho feito”, declarou. Na nova gestão, o atual presidente defende que a ABIFINA direcione seus esforços para a defesa da indústria química fina nacional, independentemente de ideologias político-partidárias.

Já o 1º vice-presidente acredita que o foco nos próximos dois anos devam ser a manutenção das Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPS), o estímulo a aproximação entre empresas e a integração e o fortalecimento das cadeias de insumos farmacêuticos ativos (IFAs) e excipientes. “A ABIFINA deve manter o foco nas PDPs porque elas estão dando um fôlego extra às empresas”, argumentou Frangioni. Sobre IFAs e excipientes, ressaltou as dificuldades enfrentadas pela indústria nacional. “Se não houver equalização sanitária, você poderá importar qualquer produto com qualidade suspeita. Enquanto no Brasil, os requisitos e custos são bem superiores, o que leva à perda de competitividade”, afirmou.

À frente de Farmanguinhos há apenas nove meses, Mendonça recebeu com surpresa a indicação para o cargo de 2º vice-presidente. Diante do cenário nacional de grande dificuldade para a indústria farmacêutica nacional, em especial os laboratórios oficiais, o novo dirigente também vê a necessidade de focar na produção de IFAs e excipientes. “O grande desafio que teremos é sermos um ator importante, nacional e internacionalmente, na produção de intermediários e princípios ativos, não só de valor agregado alto, mas que sejam estratégicos para o Brasil”, concluiu.

Integram também a nova gestão Nelson Brasil, na vice-presidência de Planejamento Estratégico, Regis Barbieri, da Nortec Química, na vice-presidência de Farmoquímico, Elza Durham, da Aché, na diretoria de Propriedade Intelectual, Walker Lahmann, da Eurofarma, na diretoria de Comércio Exterior, e Letícia Covesi, da Hypera Pharma, na diretoria de Inovação Tecnológica. No corpo de conselheiros três novos nomes assumem: Mauricio Zuma, de Bio-Manguinhos, Juliana Megid, da EMS, e Leôncio Cunha, da ITF Chemical. Já no Conselho Consultivo, a novidade é a entrada de José Correia da Silva e Karin Bruening.

Os demais membros do corpo dirigente do biênio 2018-2020, incluindo diretores, vice-presidentes e conselheiros, foram reconduzidos a seus cargos na nova gestão. A indicação para manutenção de seus nomes foi justificada pelo bom trabalho que vêm desempenhando à frente da entidade. Como defendeu Nelson Brasil, “em time que está ganhando, não se mexe”.

Acesse aqui a composição da diretoria da ABIFINA para o biênio 2018-2020.

 

BNDES para a Saúde

No esforço de manter relações estreitas com o Estado e os entes relevantes para o complexo industrial da saúde, a ABIFINA recebeu o chefe do DECISS-BNDES, João Paulo Pieroni. Ele apresentou a nova estrutura do banco e os programas voltados para o setor. Segundo Pieroni, entre as prioridades e desafios do banco para apoiar a saúde, estão a manutenção e fortalecimento das PDPs, para que deixem um legado de aprendizado tecnológico, a necessidade de adensamento da cadeia de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) no país, para superar déficits como os de realização de ensaios pré-clínicos, e a busca por sustentabilidade da indústria nacional, mantendo o equilíbrio entre acesso à população e viabilidade econômica.

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