Ocorreu no dia 29 de outubro no Salão Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados em Brasília, o “Seminário Competitividade na Indústria Farmacêutica”, organizado pelo Observatório Grupo FarmaBrasil e apoiado pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.
A ABIFINA foi representada por Fernanda Costa, especialista em Cadeia Química, Relações Governamentais e Internacionais. Também estiveram presentes os seguintes membros do Conselho Administrativo da ABIFINA, Juliana Megid (EMS) e Walker Lahman (Eurofarma).
O evento discutiu o papel estratégico do setor farmacêutico nacional, sua trajetória de investimentos em inovação e ampliação da produção doméstica, e a relação com a ampliação e melhoria do acesso da população à saúde. Contou com a participação do Deputado Arnaldo Jardim, Presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo; do Deputado Clodoaldo; do Deputado Julio Lopes; de Fernanda De Negri, Diretora do IPEA; de Arthur Chioro, Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e ex-Ministro da Saúde; de Sydney Clark, Vice-presidente Sênior para América Latina da iQVIA; de Ana Carolina Araújo, Chefe da Assessoria Internacional da Anvisa; e de Meiruze Freitas, diretora da Segunda Diretoria da Anvisa.
Representantes da indústria farmacêutica e do governo destacaram a urgência de implementar políticas públicas de longo prazo. O vice-presidente da IQVIA, Sydney Clark, mostrou como China, Coreia do Sul e Índia conseguiram se transformar em grandes produtores de medicamentos a partir de projetos de, no mínimo, dez anos.
Walker Lahman enfatizou a importância das políticas realizadas há mais de 25 anos, que contribuiu para a transformação da indústria farmacêutica nacional, que passou de uma entre as dez maiores em 1998 para apenas seis em 2023, e ressaltou o papel crucial do setor em pesquisa e desenvolvimento. Segundo Walker, as iniciativas recentes, como a Nova Indústria Brasil e a Letra de Crédito de Desenvolvimento, são importantes, pois visam impulsionar a produção de IFA e o desenvolvimento de biotecnologia. Porém, a política de controle de preços estabelecida em 2004 desestimula a inovação, dado que muitas vezes medicamentos novos e inovadores têm preços inferiores aos de produtos mais antigos. Essa situação, segundo ele, prejudica tanto o mercado quanto a sociedade ao não reconhecer adequadamente os avanços proporcionados pelas inovações farmacêuticas.
A íntegra do evento pode ser acessada no site da Câmara dos Deputados.