No dia 26 de março, foi realizada a 2ª reunião do GT 1 – Bioindústria e Biomanufatura da Comissão Nacional de Bioeconomia (CNBio), com ênfase na integração de preocupações ambientais e sociais na missão do grupo.  

Rafael de Sá Marques, diretor do Departamento de Patrimônio Genético e Cadeias Produtivas dos Biomas e Amazônia, Secretaria de Economia Verde (SEV) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), propôs que a missão principal esteja ligada à indústria. A coleta de contribuições foi um ponto central, com a intenção de garantir que as preocupações socioambientais sejam incorporadas nas metas do grupo. A definição de missões e a análise das capacidades do grupo foram mencionadas como etapas essenciais. 

Andrey Freitas, presidente executivo da ABIFINA, apresentou a fragilidade da produção de insumos farmacêuticos ativos no Brasil, que depende em 95% de importações, e enfatizou a necessidade de reduzir essa dependência para 80% até 2035 e ressaltou a importância de incentivar a produção nacional de insumos farmacêuticos ativos vegetais (IFAVs) a partir de espécies exóticas, aproveitando a biodiversidade do Brasil. Ana Claudia Oliveira, especialista em propriedade intelectual e biodiversidade da ABIFINA, comentou as metas sugeridas pela ABIFINA relacionadas ao MPP Bio – Monitoramento de Pedidos de Patentes de Medicamentos da Biodiversidade (MPP Bio), base de dados da ABIFINA que possibilita às empresas associadas acompanharem as tecnologias desta área existentes no Brasil – e ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), órgão colegiado do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Ela também compartilhou o Manual sobre Acesso ao Patrimônio Genético da entidade, disponível em português e inglês. Fernanda da Costa, Especialista em Cadeia Química, Relações Governamentais e Internacionais da ABIFINA, também participou da reunião. 

A discussão também abordou a bioeconomia, com Paulo Coutinho (SENAI) ressaltando a diferença entre bioeconomia de escala e de média/baixa escala, e Tiago Giuliani (ABBI) apresentando políticas de bioeconomia em diferentes países. Hanry Alves Coelho (SEV/MDIC) sugeriu a combinação de metodologias de análise de dados para identificar a origem biológica dos produtos, enquanto Luiz Henrique Mourão Do Canto Pereira (UFRJ) questionou a competitividade do Brasil em biotecnologia. 

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