A edição nº 668 da Revista Química e Derivados (junho/2025) traz artigo assinado por Andrey Freitas, presidente-executivo da ABIFINA, e Thais Clemente, diretora do segmento agroquímico da entidade, com uma análise crítica sobre a crescente dependência brasileira da importação de defensivos agrícolas formulados.
O texto alerta para o impacto desse fenômeno sobre a indústria nacional: em 2023, apenas 28% da capacidade instalada das fábricas brasileiras foi utilizada, segundo o Censo da Indústria do Sindiveg. O avanço das importações, especialmente da China, tem reduzido a demanda por produtos técnicos e acentuado a ociosidade industrial.
Além da questão econômica, os autores destacam os riscos regulatórios e de segurança. Enquanto as indústrias nacionais enfrentam rígidas auditorias, muitos produtos importados passam apenas por verificações documentais. Essa assimetria abre espaço para a entrada de produtos de baixa qualidade e sem rastreabilidade, afetando a segurança alimentar e a competitividade do setor.
Para enfrentar o problema, a ABIFINA propõe medidas como o fortalecimento dos controles eletrônicos sobre as importações e a exigência de autocontrole para todos os produtos comercializados no Brasil, sejam eles nacionais ou estrangeiros. O objetivo é restaurar a isonomia concorrencial, proteger empregos e investimentos, e garantir a segurança dos insumos utilizados na agricultura.
O artigo também defende que o programa Nova Indústria Brasil (NIB) e órgãos como a ABDI, o MDIC, a Secex e a Camex atuem de forma articulada para enfrentar o desafio. A soberania produtiva e a competitividade do agronegócio brasileiro estão em jogo — e o fortalecimento da indústria nacional é uma questão estratégica para o futuro do país.
Para acessar a edição completa da revista, visite: Química e Derivados – Edição nº 668 acesse: https://www.quimica.com.br/ano-lix-no-668/
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