REVISTA FACTO
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Set-Dez 2020 • ANO XIV • ISSN 2623-1177
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NOVA PLANTA-PILOTO DO GRUPO CENTROFLORA COLOCA A INDÚSTRIA NACIONAL NO CENÁRIO DA BIOECONOMIA
//Matérias

NOVA PLANTA-PILOTO DO GRUPO CENTROFLORA COLOCA A INDÚSTRIA NACIONAL NO CENÁRIO DA BIOECONOMIA

O Grupo Centroflora abraçou o desafio de ajudar o Brasil a se inserir na agenda da bioeconomia mundial, um mercado tão importante que movimenta cerca de 2 trilhões de euros. Hoje a decisão dos investidores cada vez mais considera as melhores práticas das empresas no âmbito ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês). Fazendo um convite para a indústria farmacêutica brasileira integrar o movimento, o Grupo inaugurou uma nova planta-piloto com alta tecnologia, a Centroflora Inova, para produzir extratos botânicos, óleos essenciais e ativos isolados.

A unidade piloto conta com modernos tanques de extração, versáteis e automatizados, para uso em diferentes condições. Para as etapas de concentração, conta com três técnicas diferentes e secagem por spray dryer de última geração, podendo produzir até 100 kg de extrato seco por lote.

Além disso, a planta segue todos os requisitos de Boas Práticas de Fabricação e para rastreabilidade do insumo, que tem qualidade garantida desde o plantio até o produto final, com informações completas, registradas e auditáveis. A fábrica contempla ainda processos produtivos ambientalmente corretos.

“Temos muito orgulho de inaugurar o Centroflora Inova e queremos que as empresas percebam que essa estrutura é para elas. Convidamos todos a pensarem grande, pensarem fito, pensarem Brasil”, propõe o presidente do Grupo Centroflora, Peter Andersen.

Com a unidade, o objetivo é prestar serviços e formar parcerias para desenvolver produtos e criar projetos de inovação. A planta-piloto tem equipamentos de alta tecnologia, além de certificações nacionais e internacionais. A estrutura possibilita a produção em menor tempo e com maior eficiência, aumentando a estabilidade, a rastreabilidade e a escalabilidade dos insumos.

Mestres e doutores de áreas diversas, como química, farmacêutica, engenharia e agronomia, formam o corpo técnico que atua na planta. Assim, o Centroflora Inova oferece um pacote completo, que conecta academia e indústria.

A disposição do Grupo em investir neste momento de pandemia veio do entendimento de que o Brasil não pode mais esperar para assumir a dianteira da inovação com a biodiversidade. Cerca de 50% dos fármacos vendidos no mundo têm origem natural. E apesar de o País ter de 20% a 25% da biodiversidade global, poucos medicamentos naturais são nacionais. Aproveitar essa oportunidade para o desenvolvimento de tecnologias nacionais com potencial para exportar pode ajudar a reduzir o déficit da balança comercial de medicamentos, que ultrapassa os US$ 6 bilhões.

“O Brasil é reconhecido como país de primeiro nível na produção de medicamentos e muitos empresários se perguntam o que vamos fazer daqui para frente. O Centroflora está oferecendo um mecanismo para o desenvolvimento de propriedade intelectual brasileira, além de contribuir para a balança comercial. Podemos desenvolver até moléculas da nossa biodiversidade. Precisamos ler nossas bibliotecas, e não queimar florestas”, adiciona Andersen.

Para além dos aspectos econômicos e ambientais, ao entrarem no movimento da bioeconomia, as empresas farmacêuticas adquirem um protagonismo nas transformações sociais. “O insumo vegetal é o mais transversal da indústria da saúde em termos de desenvolvimento socioambiental, pois ele gera benefícios em cadeia que vão até o pequeno agricultor. Assim, são incentivadas a atividade econômica em pequenas comunidades e a preservação das florestas”, explica Cristina Dislich Ropke, diretora de Inovação do Grupo Centroflora e de Assuntos da Biodiversidade da ABIFINA. “Estamos olhando para o futuro, deixando de ser o País do potencial para ser o da realização”, complementa.

A ação do Centroflora Inova vai potencializar importantes iniciativas que já existem. Muitos projetos estão incubados no Grupo para o desenvolvimento tanto de tecnologias agrícolas como de extratos. E vários dos produtos terão abrangência global.

A nova planta-piloto entra nessa dinâmica como o elo que faltava na cadeia. “Temos atores nacionais envolvidos nas atividades de prospecção e de extração de insumos naturais, mas não havia uma instituição que pudesse dar suporte analítico e ser referência em tecnologias. Entendemos que nosso novo Centro oferece uma estrutura única. Agora, quando se pensar em desenvolvimento de medicamentos de origem natural no Brasil, o Centroflora poderá dar suporte de A a Z”.

O lançamento do Centroflora Inova foi no dia 11 de novembro, em evento on-line, que contou com um tour virtual pelo espaço, seguido do debate “Inovação em fitomedicamentos – Cenário atual e oportunidades futuras”, feito em parceria com a Biominas Brasil. Os participantes abordaram o marco legal da biodiversidade, o incentivo à produção nacional, modelos de inovação e as experiências de pesquisa e desenvolvimento na área.

Inovafito

O Grupo Centroflora já prepara a criação da Plataforma Inovafito Brasil, que será um hub de conteúdo fito, aberto e on-line, disponível para toda a indústria consultar e desenvolver pesquisas. A Plataforma vai ajudar ainda nos projetos elaborados por startups e Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs), inclusive para atender ao arcabouço regulatório. O objetivo é dar à indústria acesso a uma das possibilidades existentes para a geração de propriedade intelectual brasileira, que é o desenvolvimento de medicamentos à base de insumos naturais. Além da Plataforma Inovafito Brasil, o Grupo prevê a inauguração, em 2021, de um novo parque fabril chamado Centro PHYTO, que terá capacidade de extrair até 300 toneladas por mês de matéria-prima vegetal.

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