REVISTA FACTO
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Out-Dez 2017 • ANO XI • ISSN 2623-1177
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Cristália avança em biotecnologia no País
//Entrevista Eduardo Job

Cristália avança em biotecnologia no País

Primeiro laboratório produtor de toda a linha básica de medicamentos para psiquiatria no Brasil, o Cristália continua inovando e tornando-se a primeira indústria farmacêutica no País a avançar no desenvolvimento de medicamentos biotecnológicos. Até agora, o laboratório ostenta 94 patentes concedidas para novas moléculas no Brasil e no exterior (incluindo países como Estados Unidos, China, México, Japão e Índia). “Nosso foco contínuo é em pesquisa e inovação. Esse investimento reflete diretamente o DNA da companhia”, avalia Eduardo Job, presidente-executivo do Cristália. Para falar sobre os novos avanços da saúde no Brasil (o Cristália também é o maior fornecedor de medicamentos para o Sistema Único de Saúde), planos de expansão e desafios da sua gestão, Eduardo Job concedeu a entrevista a seguir.

Na sua visão, o que podemos esperar do desenvolvimento de novos medicamentos por empresas farmacêuticas nacionais, como o Cristália? 

A busca por novos medicamentos é constante no Cristália. Temos um projeto de bioprospecção que visa a mapear a biodiversidade brasileira em busca de novas moléculas ou outras apresentações de medicamentos já existentes. Até o momento, mapeamos mais de três mil bactérias novas e raras isoladas que podem significar grandes descobertas nos próximos anos. Com isso, pretendemos desenvolver produtos que tenham diferenciais para o mercado.

O senhor está há dois anos na gestão do Laboratório Cristália. O que foi conquistado até agora e para onde a empresa caminha nos próximos cinco anos?

Trabalhamos continuamente no fortalecimento da cultura de integração e orgulho em fazer parte dos nossos colaboradores. Uma empresa é o reflexo de cada colaborador que a compõe. Por isso, investimos constantemente na capacitação de nossos profissionais. Nossas ações têm se refletido na qualidade do trabalho desempenhado pelo Cristália e no constante reconhecimento. Apenas em 2017, foram dez prêmios que indicam que estamos no caminho certo. Vamos continuar crescendo de modo sustentável e gradual. Essa é nossa real tendência, alinhada com todos que fazem parte do Cristália.

Quais são os focos da sua gestão para os próximos anos? E os principais desafios?

Para os próximos anos, vamos investir em profissionais de alto nível. Queremos sempre buscar e reter os melhores executivos, pesquisadores e demais talentos do mercado para que possamos superar os desafios do dia a dia e inovar sempre. Queremos garantir a sustentabilidade do negócio e entregar nossos produtos com alta qualidade e preço justo. A situação econômica do País é um desafio que lidamos com ponderação e responsabilidade.

Como o Cristália pretende ser visto nos próximos cinco anos?

Continuaremos a ser uma das companhias que mais oferece inovação e soluções acessíveis que impactem na qualidade de vida das pessoas. Pretendemos manter nossa liderança em anestesiologia, sem dúvida, já que é uma marca do Cristália. Além disso, vamos ampliar para outras áreas e especialidades, entre elas: oncologia, sistema nervoso central/psiquiatria e tratamento da dor.

O Cristália vai continuar com investimentos focados em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos?

Investimos anualmente cerca de 6% do faturamento em pesquisa, desenvolvimento e inovação, pois esses três pilares estão no DNA da empresa. Não buscamos apenas novos medicamentos, mas também o aprimoramento de produtos já existentes, como a Colagenase, que estava disponível no mercado. Há pouco tempo, o Cristália criou o primeiro Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) Colagenase, primeiro biológico extraído da biodiversidade brasileira, desenvolvido em meio de cultura isenta de componentes de origem animal, ou seja, é animal free.

O Cristália desenvolveu um complexo fabril em Itapira (SP). Como a companhia vem trabalhando o tema da sustentabilidade?

O Laboratório Cristália faz o uso sustentável dos recursos naturais e se responsabiliza pelo meio em que está inserido. Nossas unidades utilizam as mais altas tecnologias existentes no mercado para tratamento de efluentes, por exemplo. Com as estações de tratamento e reutilização de água, geramos uma economia de 7 milhões de litros por mês. Temos também, desde 2007, um projeto que recolhe 7 mil litros de óleo de cozinha utilizados mensalmente em nossas unidades e em toda a cidade de Itapira. O material é vendido e a renda é revertida para uma instituição local. Preservamos 17 hectares com mais de 17 mil mudas de plantas e árvores nativas dispostas em seis Áreas de Preservação Permanente (as chamadas APPs), todas sob responsabilidade do Cristália e situadas ao redor do nosso complexo. Preservamos também toda fauna, flora e rios que permeiam nossas instalações e que convivem em perfeita harmonia com nossas atividades. Somos também responsáveis pela conservação da Mata Atlântica nativa localizada no nosso complexo fabril em Itapira.

Por que o Grupo Cristália adquiriu outras empresas, caso da Sanobiol, IMA e Latinofarma?

O Cristália busca sempre a independência na produção da cadeia completa de um medicamento. Produzimos mais da metade dos insumos que são utilizados em nossos produtos. Da mesma forma, adquirimos empresas que são estratégicas para oferecer ao mercado uma linha completa em soluções para o tratamento de saúde. O Laboratório IMA, na Argentina, foi uma aquisição significativa para a expansão da marca no exterior em um segmento estratégico: remédios oncológicos injetáveis. A Latinofarma, em Cotia (SP), amplia nossa atuação na área oftalmológica, possibilitando a produção da linha completa e não apenas os anestésicos, que já eram produzidos pelo Cristália. O Sanobiol, em Pouso Alegre (MG), é um complemento importante para nossos produtos, oferecendo soluções parenterais de grandes volumes, sobretudo para hospitais.

Quais as principais áreas/especialidades que são foco do Cristália?

Já somos líderes de mercado em anestesiologia, mas também trabalhamos fortemente nas áreas de sistema nervoso central/psiquiatria, tratamento para a dor e oncologia. Esse é o cenário atual do Cristália.

O Grupo Cristália é detentor de 94 patentes. Qual é a importância e repercussão disso junto ao mercado?

Alcançar o recorde nacional de 94 patentes posiciona o Cristália como uma empresa inovadora, estratégica e que investe fortemente em pesquisa e desenvolvimento. Isso demonstra que estar um passo à frente não é apenas uma assinatura, mas uma realidade.

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